 "Leia em IstoÉ: O fim do estigma")
No Brasil, estimativas da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) apontam que 17 milhões de mulheres vivem atualmente no climatério, fase de transição para o fim da função reprodutiva. Outras 9,2 milhões já estão na menopausa, ou seja, deixaram de menstruar há, pelo menos, um ano. Durante décadas, esse período era envolto em uma narrativa que reforçava estereótipos. Mas o mundo mudou. E mudaram as mulheres, a medicina e o modo de olharmos para o corpo. Se, no passado, uma mulher de 50 anos era considerada velha, hoje ela está no auge da vida pessoal e profissional. Marcas estão percebendo que o público feminino 40+ e 50+ forma um nicho de mercado ávido por produtos e serviços que atendam suas demandas. Além disso, o tema “menopausa” é discutido abertamente, impulsionado por pessoas famosas e comunidades nas redes. Para completar, as diretrizes sobre terapias, incluindo a hormonal, ganharam atualizações importantes.
Com tudo isso, informações confiáveis e o acesso ao cuidado adequado ainda estão longe de ser uma realidade acessível a todas. De acordo com uma pesquisa feita pela Ipsos, 44% das brasileiras que apresentam sintomas da menopausa não realizam nenhum tipo de tratamento. Cerca de metade das mulheres entrevistadas relatou que seus sintomas de saúde já foram considerados “exagero” ou “algo normal”, percentual que aumenta para 65% entre aquelas em fase de pré-menopausa.
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