A matemática é implacável. Pelo menos uma centena de ônibus chegando a Brasília, cada um com, no mínimo, 40 bolsonaristas. Ou seja, 4.000 terroristas com intenção de atacar a democracia. E, segundo relatos iniciais, menos de 150 policiais estavam próximos da Praça dos Três Poderes. E a matemática, mais uma vez, é soberana: praticamente um policial para cada 30 terroristas.

Essa equação não poderia ser estabelecida. Os ônibus deveriam ter sido barrados antes de entrar na cidade. Nada foi feito nesse sentido, e então fica difícil se falar em “inteligência” dos efetivos policiais do DF. É mais fácil falar em “conivência”, diante de vídeos que mostram policiais acompanhando a caminhada dos terroristas rumo ao Congresso sem fazer absolutamente nada.

Forças de defesa em número menor e sem vontade de atuar. O que resta então? Chamar reforços de qualquer origem e não simplesmente retomar os prédios, mas sim prender quem invadiu e descobrir quem patrocinou esses atos. Esses terroristas não podem acampar em Brasília. E muito menos voltarem para casa depois dessas cenas absurdas. Para que não fique a sensação de que invadir o Congresso, o Planalto e o STF foi apenas uma espécie de passeio de domingo.