Um israelense morreu esfaqueado por um palestino nesta segunda-feira (5) perto de uma colônia da Cisjordânia ocupada, uma ocorrência classificada pela polícia como “ato terrorista”.
As imagens de câmeras de segurança publicadas na internet mostram o agressor se aproximando da vítima, que espera em um ponto de ônibus na entrada da colônia Ariel.
Ele então esfaqueia a parte superior do israelense e o persegue do outro lado da estrada.
Um soldado israelense que estava no local perseguiu o agressor, o atingiu com seu veículo, mas ele acabou fugindo, segundo informou o exército.
As forças israelenses isolaram a região, de acordo com testemunhas.
A vítima foi identificada como Itamar Ben Gal, de 40 anos, pai de quatro filhos e morador da colônia de Har Bracha, perto de Nablus, na zona oeste da Cisjordânia ocupada.
Foi o segundo colono assassinado em menos de um mês na região, depois do rabino Raziel Sheva, morto a tiros no dia 9 de janeiro enquanto dirigia perto do assentamento de Havat Gilad, onde morava.
Mais de 600 mil colonos israelenses vivem uma coexistência frequentemente conflituosa com quase três milhões de palestinos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
As tensões foram reavivadas com o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 6 de dezembro, sobre o reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel.
Vinte palestinos e dois israelenses morreram em meio a violência desatada desde então.
O movimento islâmico do Hamas, grande inimigo de Israel, saudou o ataque desta segunda-feira como prova de que “a Intifada de Jerusalém continua”.
Ariel é uma das maiores colônias israelenses na Cisjordânia ocupada e anexada.
Em resposta ao assassinato do rabino Raziel Sheva, o governo israelense anunciou no domingo sua intenção de regularizar o assentamento de Havat Gilad, estabelecido sem autorização israelense.
Essa regularização será a primeira em muitos anos.
Israel distingue as colônias que aprovou e as outras, chamadas “selvagens”. Toda a colonização é ilegal de acordo com o direito internacional.