O ministro israelense da Defesa, Naftali Bennett, anunciou nesta quarta-feira a transformação de sete áreas da Cisjordânia ocupada em “reservas naturais”, com base no esforço de reforçar o controle de Israel sobre aquele território palestino.

Na semana passada, Bennett já havia afirmado que Israel deseja duplicar, na próxima década, a população destas colônias na Cisjordânia, para chegar a um milhão de pessoas.

Os acordos de Oslo entre palestinos e israelenses dividiram a Cisjordânia em zonas A, B e C, a última sob controle administrativo e de segurança de Israel.

“Dei instruções para que sete áreas da Judeia-Samaria (nome dado à Cisjordânia pelos israelenses) sejam reservas naturais”, declarou Bennett, também líder do partido radical “Nova Direita”, em mensagem no Facebook e Twitter.

O anúncio se inscreve na política de anexação da zona C defendida pela “Nova Direita”, um dos aliados do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que corteja o voto dos colonos com a aproximação das eleições legislativas de 2 de março.

Em setembro passada, na véspera de outras legislativas, Netanyahu prometeu anexar o Vale do Jordão, uma parte estratégica da Cisjordânia ocupada, uma medida passível de eliminar “qualquer possibilidade de paz”, segundo os palestinos.

Segundo Bennett, as sete novas reservas naturais estarão “sob a responsabilidade da Direção da Natureza e Parques de Israel”.