Israel tem “trabalho” pela frente para conquistar os jovens no Ocidente, em um momento em que as pesquisas mostram uma queda no apoio, admitiu o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em um podcast britânico transmitido nesta quarta-feira (20).
Os protestos contra as ações de Israel na Faixa de Gaza tornaram-se cada vez mais comuns nas capitais ocidentais e atraem um grande número de jovens.
Uma pesquisa recente da Gallup mostrou que apenas 6% das pessoas entre 18 e 34 anos nos Estados Unidos tinham uma opinião favorável sobre Netanyahu, e apenas 9% aprovavam a ação militar de Israel em Gaza.
No podcast “Triggernometry”, Netanyahu foi questionado se Israel poderia perder o apoio dos governos ocidentais assim que a geração Z – aqueles nascidos entre 1997 e 2012 aproximadamente – assumisse o poder.
“Se você está me dizendo que há trabalho a ser feito com a geração Z e em todo o Ocidente, sim”, respondeu.
No entanto, Netanyahu afirmou que a oposição a Israel entre os membros da geração Z se deve a uma “grande campanha, organizada e sistemática, financiada para acabar com os elementos tradicionais de apoio a Israel”.
A guerra foi desencadeada quando combatentes do movimento islamista Hamas atacaram o sul de Israel em 7 de outubro e mataram 1.219 pessoas, em sua maioria civis, segundo um levantamento da AFP baseado em dados israelenses.
A ofensiva israelense em Gaza matou pelo menos 62.122 palestinos, também em sua maioria civis, segundo números do Ministério da Saúde do território palestino – governado pelo Hamas -, que a ONU considera confiáveis.
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