Uma fonte do governo de Israel afirmou neste sábado que o país tem a “intenção” de retomar “esta semana” as negociações que visam a libertação dos reféns sequestrados em 7 de outubro pelo Hamas e mantidos em cativeiro desde então em Gaza.

“Existe a intenção de retomar as negociações esta semana e há um acordo”, declarou à AFP o funcionário, que pediu anonimato, depois que representantes americanos e israelenses se reuniram em Paris.

A fonte israelense não revelou mais detalhes, mas a imprensa do país informou que o diretor do Mossad (serviço de inteligência de Israel), David Barnea, concordou durante reuniões em Paris com o diretor da CIA, Bill Burns, e com o primeiro-ministro do Catar, Mohamed bin Abdulrahman Al Thani, ambos representantes dos países mediadores, um novo marco para as negociações, que permanecem estagnadas.

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, também conversou com o ministro do gabinete de guerra israelense, Benny Gantz, sobre os esforços para obter um cessar-fogo e a reabertura da passagem de Rafah o mais rápido possível.

As negociações para alcançar um acordo de trégua que inclua a libertação dos reféns na Faixa de Gaza foram paralisadas no início do mês, depois que Israel lançou uma operação militar na cidade de Rafah, no extremo sul do território palestino.

O conflito começou em 7 de outubro, quando milicianos islamistas mataram mais de 1.170 pessoas, a maioria civis, no sul de Israel, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

Os integrantes do Hamas também sequestraram 252 pessoas. Segundo Israel, 121 permanecem cativas em Gaza, das quais 37 teriam morrido.

Em resposta ao ataque de outubro, Israel iniciou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza, na qual mais de 35.900 palestinos, a maioria civis, morreram até o momento, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas.

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