O ministro israelense da Diáspora, Naftali Bennett, denunciou neste domingo (27) um aumento dos ataques antissemitas no mundo – um fenômeno que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu para ser controlado, “sobretudo na Europa”.

Israel tem que “ajudar milhões de judeus da diáspora que se veem confrontados cada vez mais com crimes antissemitas”, comentou Bennett.

O relatório anual da pasta sobre o antissemitismo no mundo contabilizou um aumento dos casos na França e um recorde no Reino Unido. O documento foi apresentado neste domingo, quando se comemora o Dia Internacional de Comemoração em Memória das Vítimas do Holocausto, ao conselho de ministro.

De acordo com o texto, 13 judeus foram assassinados em 2018 em três ataques antissemitas, número recorde desde os atentados contra a comunidade judaica na Argentina nos anos 1990.

Além do ataque de Pittsburgh (Estados Unidos) contra uma sinagoga em outubro, que deixou 11 mortos, os autores do relatório citam a morte de uma judia octogenária em Paris em março e o assassinato de um estudante judeu por um neonazista na Califórnia.

O texto também destaca o número crescente de atos antissemitas realizados por neonazis ou supremacistas brancos.

Os incidentes antissemitas alcançaram um recorde histórico no Reino Unido, e na França aumentaram 69%, segundo o texto.

Netanyahu denunciou o “antissemitismo da extrema esquerda, encoberto por uma capa de antissionismo, como o Reino Unido e a Irlanda recentemente”, de acordo com comunicado de deu gabinete.

“Peço para a comunidade internacional lutar contra o despertar do antissemitismo, sobretudo na Europa”, acrescentou Netanyahu.