Israel quer limitar acesso de ONGs em Gaza em 2026, diz MSF

ROMA, 22 DEZ (ANSA) – As novas regras de registro impostas por Israel para a atuação de organizações não governamentais internacionais na Faixa de Gaza podem deixar centenas de milhares de palestinos sem cuidados de saúde vitais em 2026.   

A denúncia foi feita nesta segunda-feira (22) pela Médicos Sem Fronteiras (MSF), segundo a qual, “as novas disposições podem levar à revogação dos registros dessas ONGs a partir de 1º de janeiro”.   

“Se perdermos o acesso a Gaza em 2026, devido às autoridades israelenses, grande parte da população perderá acesso a cuidados médicos essenciais, água e apoio vital no território”, afirmou a MSF em comunicado, informando que suas atividades atendem a quase meio milhão de pessoas no enclave.   

A preocupação da organização médica não é isolada, já que segundo a RFI, 14 ONGs já foram impedidas de entrar em Gaza pelas forças de Israel, que seguem ameaçando reduzir drasticamente o trabalho destas entidades na região através de um novo tipo de registro.   

“Somente em 2025, realizamos quase 800 mil consultas ambulatoriais e tratamos mais de 100 mil pacientes com traumas”, disse a MSF, que espera conseguir o novo documento de acesso à Gaza para “continuar fortalecendo” suas “atividades no enclave em 2026”. (ANSA).