A Federação Israelense de Xadrez pediu compensações financeiras à Federação Internacional depois que sete cidadãos do país não receberam vistos da Arábia Saudita para um torneio internacional organizado em Riad.

Sete jogadores israelenses – cinco homens e duas mulheres – haviam solicitado visto para participar no torneio Rei Salman de partidas rápidas, entre 26 e 30 de dezembro em Riad. Esta é a primeira competição internacional de xadrez organizada pela Arábia Saudita.

De acordo com as regras da Federação Internacional (FIDE), um país não pode impedir a participação de jogadores em uma competição, independente da nacionalidade.

Mas a Arábia Saudita se recusou a conceder em um primeiro momento vistos aos jogadores três países: Irã, seu grande rival no Oriente Médio; Catar, com o qual está em crise diplomática desde junho; e Israel, com o qual não tem relação diplomática.

A FIDE anunciou na segunda-feira que conseguiu obter vistos para os jogadores do Catar e Irã, mas não para os participantes de Israel.

A Federação Israelense de Xadrez reclamou compensações financeiras à FIDE para os sete jogadores, “que sofreram um prejuízo profissional e financeiro”, afirmou o porta-voz da entidade, Lior Aizenberg.

Os israelenses também exigem que a FIDE impeça este tipo de comportamento no futuro, com a garantia de cada país organizador de um torneio internacional, inclusive os países árabes, se comprometa a receber os jogadores israelenses”.

A FIDE não reagiu às demandas até o momento.

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