Israel quer a questão dos reféns no ‘centro da agenda internacional’

Israel quer incluir a questão dos reféns em Gaza “no centro da agenda internacional”, declarou nesta segunda-feira o ministro israelense de Relações Exteriores, Gideon Saar, na véspera de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o tema.

“Isso deve estar em primeiro plano no cenário mundial. Viajarei esta noite a Nova York para participar de uma sessão especial do Conselho de Segurança das Nações Unidas que promovi e que acontecerá amanhã sobre a situação dos reféns”, disse Saar em uma entrevista coletiva em Jerusalém.

“Entrei em contato com meus colegas e pedi que incluam com urgência o tema dos reféns no centro da agenda mundial”, acrescentou.

A publicação na quinta-feira pelo Hamas e pela Jihad Islâmica, seu aliado, de três vídeos que mostram dois reféns israelenses em péssimas condições, identificados como Rom Braslavski e Evyatar David, reacendeu em Israel o debate sobre a necessidade de alcançar rapidamente um acordo para libertar os reféns, sequestrados durante o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 que desencadeou a guerra em Gaza.

Os milicianos islamistas sequestraram 251 pessoas durante o ataque, das quais 49 seguem cativas em Gaza. Dessas, 27 morreram, segundo o Exército isralense.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que enfrenta uma forte pressão para conseguir a libertação dos reféns, expressou “sua profunda consternação pelas imagens divulgadas” e afirmou que “os esforços para recuperar todos” os sequestrados continuarão.

Dezenas de milhares de pessoas se manifestaram no fim de semana em Tel Aviv em apoio às famílias e para exigir a libertação dos reféns.

Netanyahu solicitou no domingo a ajuda do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) “para fornecer alimentos” e “atendimento médico” aos reféns israelenses em Gaza.

O braço armado do Hamas afirmou estar disposto a responder “positivamente” a qualquer pedido do CICV, mas exigiu como condição “a abertura de corredores humanitários (…) para a passagem de alimentos e medicamentos” para a Faixa de Gaza, devastada por quase 22 meses de guerra e ameaçada pela fome.

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