ROMA, 13 AGO (ANSA) – O governo do premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, está em negociações com cinco países ? Indonésia, Somalilândia, Uganda, Sudão do Sul e Líbia ? para a potencial transferência de palestinos da Faixa de Gaza, informou o Canal 12 nesta quarta-feira (13).
“Alguns países estão demonstrando maior abertura do que no passado em aceitar a imigração voluntária da Faixa de Gaza”, disse uma fonte diplomática à agência de notícias, citando a Indonésia e a Somalilândia em particular.
No entanto, até agora nenhuma decisão concreta foi tomada.
A notícia se soma às alegações da Associated Press de que Israel discutiu o reassentamento de cidadãos de Gaza no Sudão do Sul, alegação que o governo do país africano rejeitou como “infundada”.
Por sua vez, a Somalilândia, uma região separatista da Somália, pode esperar obter reconhecimento internacional por meio de um acordo com Israel.
Em entrevista concedida ao canal de notícias i24, Netanyahu expressou seu apoio à emigração em massa de cidadãos de Gaza, uma política endossada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início deste ano.
Segundo ele, Israel está em contato com “vários países” para absorver civis deslocados do território devastado pela guerra.
“Todos que se importam com os palestinos e dizem que querem ajudá-los devem abrir suas portas para eles”, declarou o primeiro-ministro israelense.
Questionado sobre o motivo pelo qual o processo não avançou, Netanyahu respondeu: “Precisamos de países anfitriões. Estamos conversando com vários países; não vou entrar em detalhes aqui.” Novos ataques – Hoje, pelo menos 98 palestinos foram mortos em ataques israelenses na Faixa de Gaza, incluindo 37 civis que buscavam ajuda humanitária, informaram fontes médicas à Al Jazeera. Do número total de óbitos, 61 foram registrados na Cidade de Gaza.
A assessoria de imprensa do Hamas atualizou o número total de mortes por fome para 235, incluindo 106 crianças, já que a crise humanitária atingiu o que chamou de “níveis catastróficos”.
Segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, as vítimas incluem 19 mulheres, 75 idosos e 35 homens com mais de 18 anos, enquanto 40 mil recém-nascidos sofrem de desnutrição. (ANSA).