O governo israelense disse nesta quarta-feira (11) que não pode confirmar “neste momento” os relatos de que combatentes do Hamas “assassinaram” 40 bebês em um kibutz no sul do país.

Na terça-feira, a conta oficial @Israel do governo na rede social X (antes conhecida como Twitter) publicou um vídeo de uma repórter do canal israelense i24NEWS comovida sobre a devastação no kibutz de Kfar Aza.

O vídeo estava acompanhado da manchete “40 bebês assassinados”.

“Ninguém poderia esperar que fosse assim, os horrores que ouço destes soldados”, disse a repórter em outro vídeo transmitido no site da emissora.

A notícia sobre “40 bebês assassinados” foi massivamente compartilhada nas redes sociais desde terça-feira, sendo usada para condenar a ofensiva da milícia islamita Hamas contra Israel, iniciada no sábado a partir da Faixa de Gaza.

“Não podemos confirmar nenhum número no momento”, disse nesta quarta-feira um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, que administra a conta @Israel, quando questionado sobre essa versão.

O general israelense aposentado Itai Veruv disse que “70 terroristas totalmente armados e treinados” atacaram Kfar Aza por volta das 6h30 (00h30 no horário de Brasília) de sábado.

Ele descreveu o ataque como “um massacre, um grande desastre”.

Cerca de 400 pessoas viviam nesta comunidade, que fica a cerca de dois quilômetros da fronteira com a Faixa de Gaza.

Vários soldados israelenses destacados no local disseram à AFP que entre 100 e 150 pessoas foram mortas no ataque do Hamas ao kibutz, incluindo um número desconhecido de crianças. Um soldado, que pediu anonimato, descreveu mutilações, incluindo algumas decapitações, mas recusou-se a dar mais detalhes.

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