Israel libertou neste domingo um correspondente da televisão pública iraniana quatro dias depois da sua detenção por suspeita de “terrorismo”, informou a polícia.

Basam al Safadi, correspondente da rede de televisão em árabe Al Alam na parte israelense das Colinas de Golã, foi detido na quarta-feira e levado ao presídio de Tzalom, no norte de Israel.

Safadi era acusado de “difusão (de informações) de apoio a uma organização terrorista e de incitação à violência e ao terrorismo”, segundo a polícia israelense.

O jornalista confirmou que Israel o considerava suspeito desses delitos durante uma entrevista emitida na Al Alam neste domingo.

O tribunal de Nazaret (norte) determinou sua detenção até domingo, quando foi posto em “liberdade condicional, com uma prisão domiciliar de cinco dias”, anunciou a polícia.

A polícia apresentou o correspondente, de 43 anos, como um árabe-israelense. No entanto, muitos drusos (comunidade religiosa) do Golã se consideram sírios.

Na quarta-feira, o chefe de redação da Al Alam na Síria, Husein Mortada, declarou à AFP que a prisão de Safadi era parte de uma “campanha sistemática” de Israel contra os meios de comunicação.

O Irã é o maior aliado da Síria, e inimigo declarado de Israel.

As Colinas de Golã são uma região em disputa situada na fronteira entre Síria, Líbano e Israel, que em 1981 anexou a parte do Golã (1.200 km2) que ocupava desde a Guerra dos Seis Dias em 1967.

Esta anexação não foi reconhecida pela comunidade internacional, que ainda considera a zona como território sírio.

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