A Associação de Imprensa Estrangeira (FPA, na sigla em inglês) denunciou nesta quinta-feira(11) a persistente recusa de Israel em conceder acesso independente a jornalistas estrangeiros, quase dois anos após o início da guerra em Gaza.
“Israel deve parar de matar jornalistas em Gaza e permitir à imprensa estrangeira acesso livre e independente ao território”, afirmou a associação, que conta com mais de 350 membros que trabalham para meios de comunicação estrangeiros em Israel e nos territórios palestinos.
Segundo a FPA, pelo menos 200 jornalistas palestinos morreram em ataques israelenses. “Este atraso contínuo e institucionalizado constitui uma vergonha para Israel e seus aliados, que com muita frequência optaram por não levantar suas vozes em defesa das liberdades básicas da imprensa”, afirmou a diretoria da associação em um comunicado.
Um jornalista da Agence France-Presse faz parte da diretoria da FPA.
A associação destacou que o Supremo Tribunal de Israel adiou repetidas vezes as audiências sobre sua petição de acesso a Gaza.
A FPA também criticou duramente os líderes israelenses e o Exército por “desacreditar o trabalho dos colegas palestinos”, uma campanha que “criou e ampliou as condições perigosas de trabalho dos jornalistas”.
O Exército israelense acusou muitos dos jornalistas mortos em seus ataques de serem “terroristas”, membros dos grupos militantes palestinos Hamas ou Jihad Islâmica.
A guerra na Faixa de Gaza, que devastou o território palestino, foi desencadeada após o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.
Durante esse período, o Exército israelense permitiu apenas a entrada em Gaza, que continua sob bloqueio israelense, a um pequeno grupo de jornalistas estrangeiros.
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