ROMA, 31 AGO (ANSA) – O governo israelense fechou as portas para a possibilidade de ser alcançado um acordo de cessar-fogo temporário no conflito contra o Hamas para a libertação dos reféns mantidos na Faixa de Gaza.
Antes de uma reunião de gabinete em Tel Aviv, o ministro da Cultura e dos Esportes de Israel, Miki Zohar, declarou ao Canal 12 que a pausa temporária da guerra no enclave palestino “não está em pauta”.
“O Estado de Israel tem uma decisão clara e, na minha opinião, ela poderia ser expressa com mais clareza nos próximos dias: apenas um acordo abrangente. Não há mais a possibilidade de um acordo parcial”, disse o político.
O ministro acrescentou que a única coisa que está em discussão no governo israelense “é o fim da guerra”, juntamente com o “retorno de todos os reféns e a desmilitarização de Gaza”.
Os comentários de Zohar foram feitos duas semanas depois de o Hamas ter aceito o esboço de um acordo de cessar-fogo de 60 dias que previa a libertação de 10 reféns israelenses ainda vivos.
Tel Aviv, por sua vez, não respondeu à oferta e avançou com seus planos de capturar a Cidade de Gaza.
Paralelamente, diversas fontes de comunicação palestinas, entre elas a Wafa, relataram diversos ataques no enclave perpetrados pelas Forças de Defesa de Israel (IDF). Ao menos 18 pessoas morreram desde o início deste domingo (31), incluindo 13 que aguardavam ajuda humanitária.
Citando fontes médicas, a agência palestina informou que sete indivíduos faleceram de fome nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos relacionadas à desnutrição para 339, sendo 124 crianças. (ANSA).