O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, denunciou nesta segunda-feira (10) que o anúncio do Hamas de adiar a libertação de reféns em Gaza é “uma violação total” do acordo de cessar-fogo e afirmou ter ordenado ao exército que se prepare “para todos os cenários”.
“O anúncio do Hamas sobre a interrupção da libertação dos reféns israelenses constitui uma violação total do acordo de cessar-fogo e de libertação dos reféns”, e o exército recebeu a ordem de “se preparar para todos os cenários”, declarou Katz em um comunicado.
O Hamas havia anunciado anteriormente o adiamento indefinido da próxima libertação de reféns, acusando Israel de descumprir compromissos.
“A libertação de prisioneiros (reféns israelenses), que estava programada para o próximo sábado, 15 de fevereiro de 2025, será adiada até novo aviso, dependendo do cumprimento do acordado sobre a ocupação e dos compromissos retroativos das semanas passadas”, disse Abu Obeida, porta-voz do braço armado do grupo, as Brigadas Al Qassam, em um comunicado.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou em um comunicado que “todas as famílias dos reféns foram informadas hoje à tarde sobre o anúncio do Hamas”.
“Foi informado às famílias que o Estado de Israel se compromete a respeitar o acordo e considera qualquer violação do mesmo com a máxima seriedade”, acrescentou.
O Fórum das Famílias dos Reféns indicou que “solicitou assistência aos países mediadores para ajudar a restabelecer e aplicar o acordo existente”.
Até agora, os milicianos do Hamas libertaram 16 reféns israelenses em troca de centenas de prisioneiros, na sua maioria palestinos, detidos em Israel.
O movimento islamista também libertou cinco reféns tailandeses fora do âmbito do acordo.
Segundo os termos do acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor em 19 de janeiro, outros 17 reféns deveriam ser libertados antes do fim da primeira fase da trégua, de 42 dias.
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