Israel exige “a desmilitarização total do sul da Síria” e não vai tolerar que as forças do novo governo sírio sejam deslocadas para o sul de Damasco, declarou, neste domingo (23), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
“Não autorizaremos que as forças da organização HTS ou o novo exército sírio entrem na zona ao sul de Damasco”, disse Netanyahu, referindo-se ao grupo radical islamista Hayat Tahrir al-Sham, que depôs o presidente sírio Bashar al Assad em dezembro.
“Exigimos a desmilitarização total do sul da Síria”, acrescentou Netanyahu durante uma cerimônia com oficiais militares no centro de Israel.
Desde a queda de Assad em 8 de dezembro, Israel enviou tropas para a zona de segurança desmilitarizada do Golã (sudoeste da Síria), na fronteira com a planície ocupada pelos israelenses desde a guerra de 1967, e anexada em 1981, nas encostas do monte Hermon.
As forças do exército “permanecerão na região do monte Hermon e arredores por tempo indeterminado, para proteger nossas localidades e enfrentar qualquer ameaça”, declarou Netanyahu em Holon.
Israel, que enxerga as novas autoridades sírias com desconfiança, realizou, desde a queda de Assad, centenas de bombardeios contra instalações militares do antigo regime sírio e afirma que busca evitar que esse arsenal caia nas mãos das novas forças.
Israel bombardeou centenas de posições do Exército sírio e de seus aliados ao longo da guerra civil na Síria, que teve início em 2011, especialmente do movimento libanês Hezbollah e do Irã.
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