O parlamento de Israel vai novamente debater uma lei na próxima semana que facilitará a aplicação da pena de morte aos palestinos que realizarem ataques, afirmou o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, nesta terça-feira.

O projeto é um dos principais deste ministro ultranacionalista, que o colocou como uma condição de sua entrada no governo de Benjamin Netanyahu em 2016, embora a aprovação não seja garantida.

“Depois de três anos de luta obstinada, a lei da pena de morte para os terroristas pode finalmente ser levada perante o comitê legislativo” em 14 de novembro e, em seguida, pode ser examinada no plenário do Knesset, afirmou Lieberman no Twitter.

O projeto de lei estipula que, em casos de “crimes terroristas”, os tribunais militares na Cisjordânia ocupada podem declarar a pena de morte.

Na prática, esta disposição só se aplica aos palestinos porque os colonos israelenses na Cisjordânia, um território ocupado por Israel desde 1967, não respondem aos tribunais militares, mas à justiça civil israelense.

Israel não executa prisioneiros desde 1962, quando o criminoso de guerra nazista Adolf Eichmann foi enforcado.

O país aboliu a pena de morte em 1954, embora esta possa ser aplicada em casos de crimes contra a humanidade, genocídio, traição e crimes contra o povo judeu.