A Jordânia fornecerá energia solar a Israel em troca de água dessalinizada, em virtude de um acordo contido em uma declaração de intenções assinada pelos dois países vizinhos nesta segunda-feira (22).

O documento, preparado sob os auspícios dos Estados Unidos, foi rubricado por ministros dos dois países durante a exposição universal de Dubai, Emirados Árabes Unidos, na presença do enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry.

Este projeto é o “mais importante” desde a assinatura da paz entre os dois países em 1994, declarou em um comunicado a ministra israelense da Energia, Karine Elharrar.

Suas vantagens “não serão avaliadas unicamente em termos de eletricidade verde ou de água dessalinizada, mas também do ponto de vista do reforço das relações com o vizinho que tem a fronteira mais extensa com Israel”, acrescentou.

A eletricidade virá de uma usina solar com capacidade para gerar 600 megawatts, que será construída, segundo a imprensa, pelos Emirados Árabes Unidos. Em troca, Israel entregará 200 milhões de metros cúbicos de água dessalinizada à Jordânia.

Os estudos de viabilidade devem começar em 2022.

Em outubro, Israel já tinha assinado um acordo para dobrar a quantidade de água fornecida à Jordânia, país que sofre com uma seca intensa e precisa de cerca de 1,3 bilhão de metros cúbicos por ano.