Israel afirmou nesta quinta-feira (31) que bombardeou locais utilizados pelo Hezbollah para fabricar e armazenar mísseis no Líbano, onde realizou múltiplos ataques apesar de um cessar-fogo assinado em novembro.
O ministro da Defesa, Israel Katz, disse que os alvos incluíam “o maior local de fabricação de mísseis de precisão do Hezbollah”, e o exército afirmou ter atingido “infraestrutura usada para produzir e armazenar armas estratégicas” no sul do Líbano e no vale oriental do Beca.
“Qualquer tentativa da organização terrorista de se recuperar, se reestruturar ou ameaçar será enfrentada com intensidade implacável”, prometeu.
A agência oficial de notícias libanesa (ANN) também informou sobre ataques em Beca e no sul do país.
Tanto Katz quanto o Exército israelense acusaram o Hezbollah de tentar reconstruir sua infraestrutura militar e exigiram que o exército libanês se mobilizasse para desarmar o movimento armado libanês apoiado pelo Irã.
“A organização terrorista Hezbollah tentou reabilitar os locais e o potencial militar, ações que constituem uma violação dos acordos entre Israel e Líbano”, alegaram.
Pressionado pelos Estados Unidos, o presidente libanês, Joseph Aoun, declarou recentemente que seu país está decidido a desarmar o Hezbollah, apesar dos protestos do movimento, que alega que isso serviria aos objetivos de Israel.
Hezbollah e Israel travaram uma guerra de dois meses no ano passado, que deixou o movimento armado libanês significativamente enfraquecido, embora ainda conserve parte de seu arsenal.
No fim de novembro de 2024, o cessar-fogo pôs fim à guerra. Apesar desse acordo, Israel realiza regularmente ataques contra o Líbano, principalmente no sul, sob o argumento de que o governo libanês não está fazendo o suficiente para desarmar o Hezbollah.
Segundo o acordo, as forças israelenses devem abandonar completamente o sul do Líbano, enquanto o Hezbollah deve retirar seus combatentes para o norte do rio Litani, a cerca de 30 quilômetros da fronteira com Israel, deixando o Exército libanês e as forças de paz da ONU como as únicas partes armadas na região.
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