O Exército de Israel disse que tem “indícios” de que o movimento islamista palestino Hamas deteve reféns do ataque de 7 de outubro no porão de um hospital na Faixa de Gaza.

O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, disse na noite de segunda-feira que as tropas “encontraram indícios que mostram que o Hamas mantinha reféns” no porão do hospital pediátrico Al Rantissi, na cidade de Gaza.

A AFP não conseguiu confirmar esta acusação de forma independente. O Hamas nega que use hospitais como esconderijos nos combates contra as tropas israelenses.

Quase 240 pessoas foram feitas reféns quando comandos do Hamas entraram em território israelense vindos da Faixa de Gaza e lançaram um ataque que deixou 1.200 mortos, segundo as autoridades de Israel.

Hagari não especificou quantos reféns estima que poderiam estar escondidos hospital, localizado no norte deste território palestino sitiado.

O militar citou um vídeo que mostra uma motocicleta com marcas de balas que, segundo ele, foi usada para transportar os reféns.

Ele também indicou que as imagens mostram cordas, roupas femininas e uma mamadeira. Hagari observou que foi encontrado um banheiro improvisado.

“Não é preciso construir algo improvisado em um hospital, no subterrâneo, a menos que você queira manter alguém no subterrâneo e que ninguém veja”, disse.

Em resposta ao ataque do Hamas, Israel lançou uma ofensiva em Gaza que deixou 11.240 mortos, incluindo 4.630 crianças, segundo o Ministério da Saúde do movimento islamista que governa este território palestino.

Desde o início da guerra, muitos civis palestinos deslocados pelos combates refugiaram-se em hospitais para se protegerem dos bombardeios.

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