Israel diz a seus soldados que logo verão Gaza de "dentro"

Israel diz a seus soldados que logo verão Gaza de "dentro"

""Acompanhe em tempo real os últimos acontecimentos do conflito entre Israel e o Hamas.Um novo capítulo sem precedentes do conflito entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas foi iniciado em 7 de outubro, quando terroristas do braço militar do movimento palestino perpetraram ataques e atrocidades contra a população israelense, massacrando mais de 1.400 pessoas e sequestrando mais de uma centena.

Em resposta à ofensiva do Hamas, Israel declarou guerra ao grupo no dia seguinte: intensos e incessantes bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007, já mataram 3.785 pessoas, a maioria civis, sendo mais de 1.500 crianças e mais de 1.000 mulheres, segundo autoridades locais.

Forças israelenses também impuseram um "cerco total" ao enclave palestino, impedindo a entrada de água, comida, energia e combustível. A medida e os bombardeios israelenses levaram a uma "catástrofe humanitária sem precedentes" em Gaza, segundo descreveu a ONU.

Acompanhe os principais acontecimentos do conflito entre Israel e o Hamas:

Premiê britânico visita Israel
Policiais feridos e detenções em ato pró-palestino em Berlim
Egito vai abrir passagem para envio de ajuda humanitária a Gaza, diz Biden
EUA e Israel dizem que grupo palestino causou explosão em hospital de Gaza
Conselho de Segurança da ONU rejeita resolução do Brasil

Ministro isralense diz que soldados logo verão Gaza "de dentro"
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou a soldados israelenses reunidos na fronteira da Faixa de Gaza que em breve eles verão o território palestino "de dentro", segundo informou um comunicado de seu gabinete nesta quinta-feira (19/10).

"Vocês veem Gaza agora à distância, mas logo vão vê-la de dentro. A ordem virá", disse Gallant, citado na nota. O ministro teria pedido aos soldados que "se organizem e estejam prontos".

A declaração sugere que uma prometida invasão terrestre de Gaza pode estar próxima, embora o gabinete de Gallant não tenha deixado claro quando ela vai ocorrer. O ministro também disse que a batalha será longa e difícil.

Logo após a declaração de Gallant, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, publicou um vídeo em que aparece ao lado de soldados perto da fronteira, prometendo vitória.

Israel reuniu dezenas de milhares de tropas ao longo da fronteira com o enclave palestino após um sangrento massacre perpetrado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas em 7 de outubro, que matou mais de 1.400 pessoas em território israelense.

Já a ofensiva de retaliação das forças de Israel, que por enquanto conta com incessantes ataques aéreos a Gaza, já deixou ao menos 3.785 mortos, a maioria civis, sendo mais de 1.500 crianças e mais de 1.000 mulheres, segundo autoridades locais.

ek (Reuters, ots)

EUA e Egito fazem acordo para ajuda restrita a Gaza
Ajuda humanitária restrita deverá começar a fluir para a Faixa de Gaza a partir desta sexta-feira (20/10), informaram fontes da Casa Branca. No momento, há mais de 200 caminhões, com cerca de 3 mil toneladas de artigos humanitários posicionados próximo à passagem de Rafah, no Egito.

Na quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comunicara o fechamento de um acordo com seu homologo egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, para permitir que um primeiro grupo de 20 caminhões começasse com as entregas.

O acerto foi divulgado ao fim da breve visita do democrata americano a Israel, em demonstração de solidariedade e visando dispersar as tensões regionais. Biden advertiu, porém, que a ajuda "vai acabar", caso o grupo islamita palestino Hamas a confisque. Segundo o ministro egípcio do Exterior, Sameh Shoukry, os suprimentos entrarão no território palestino sob supervisão das Nações Unidas.

O gabinete do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu que seu país "não impedirá" as entregas, se forem restritas aos civis do sul de Gaza e não acabarem nas mãos dos membros do grupo terrorista palestino Hamas. O comunicado não mencionava o abastecimento de combustível, urgentemente necessário para os geradores elétricos dos hospitais.

Em seguida aos atentados de 7 de outubro em território israelense pelo grupo Hamas – classificado como terrorista pelos EUA e a União Europeia, entre outros –, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou um "cerco total" à Faixa de Gaza, suspendendo todo o abastecimento de alimentos, combustível e outros bens, e precipitando a população local numa crise humanitária.

Ligando o extremo sul de Gaza à Península do Sinal, Rafah é única conexão desse território palestino com o Egito. Cairo a tem mantido fechada desde que foi atingida por bombardeios israelenses em retaliação aos ataques-surpresa do Hamas.

av (DW,AP)

Em Israel, premiê britânico Sunak adverte contra escalada de violência
Em visita de solidariedade a Tel-Aviv, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, classificou nesta quinta-feira (19/10) o ataque lançado pelo grupo islamita palestino Hamas em solo israelense em 7 de outubro como um "ato de terrorismo inominável".

"Estou em Israel, uma nação de luto. Eu pranteio com vocês e me posiciono com vocês contra o mal que é o terrorismo. Hoje e sempre", escreveu na rede social X (ex-Twitter), acrescentando a palavra "solidariedade" em hebraico.

À chegada ao aeroporto Ben Gurion, na capital, acompanhado por seu ministro do Exterior, James Cleverly, Sunak denunciou como "um ato de terrorismo horrível e inominável" o ataque do grupo terrorista Hamas contra Israel. Segundo dados oficiais, nos últimos 11 dias mais de 1.400 foram mortos no país, a maioria civis, e 199, sequestrados e levados como reféns para a Faixa de Gaza.

Em retaliação, Israel tem bombardeado Gaza, controlada pelo Hamas, no Território Ocupado da Palestina, resultando em quase 3.500 mortos, a maioria civis palestinos, de acordo com as autoridades locais.

Sunak referiu-se à explosão da terça-feira no Hospital Al-Ahli, em Gaza, com centenas de mortos, de autoria ainda não esclarecida, como "um momento divisor de águas para os líderes da região e de todo o mundo, para se unir e evitar uma maior escalada perigosa do conflito", e prometeu que o Reino Unido estará "na linha de frente desse esforço".

O primeiro-ministro britânico tem encontro programado com seu homólogo, Benjamin Netanyahu, e o presidente israelense, Isaac Herzog. Antes, visitaram o país o chanceler federal alemão, Olaf Scholz, na terça-feira, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na quarta-feira. Da agenda de Sunak constam ainda visitas ao Egito, Turquia e Catar "nos próximos dias", informou Downing Street.

av (Lusa,AFP)

Policiais feridos em manifestações pró-palestinas em Berlim
Na madrugada desta quinta-feira (19/10) voltaram a ocorrer no bairro berlinense de Neukölln choques violentos entre a polícia e manifestantes pró-palestinos. Estes incendiaram diversos carros e um caminhão, e ergueram barricadas de fogo, além de atirar garrafas e pedras e lançar fogos de artifício contra os agentes de segurança, que responderam com força, inclusive empregando um canhão d'água.

Segundo dados da polícia, 65 agentes ficaram feridos e houve 174 detenções. O protesto foi convocado pelo grupo de esquerda Berliner Linksradikale e por associações pró-palestinas, entre as quais a Samidoun, que glorifica os massacres de 7 de outubro em Israel, perpetrados pelo grupo radical islâmico Hamas.

Na véspera, já houvera choques semelhantes no mesmo bairro do sul de Berlim e no Portão de Brandemburgo, no centro. No começo da noite de quinta-feira, a polícia registrou aglomerações significativas diante do Ministério do Exterior, que acabaram se dispersando. Distúrbios relacionados à situação no Oriente Médio ocorreram nesta quinta-feira também nas cidades alemãs de Frankfurt e Hamburgo.

No contexto do conflito violento no Oriente Médio, o governo alemão proibiu manifestações a favor do Hamas e contra Israel. No entanto essa determinação tem sido repetidamente ignorada.

av/rk (EPD,ots)

Biden diz que Egito vai abrir passagem para envio de ajuda a Gaza
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sisi, concordou em abrir a passagem de fronteira de Rafah para permitir a entrada de ajuda humanitária aos palestinos na Faixa de Gaza.

A egípcia Rafah é a única passagem de fronteira para Gaza que não é controlada por Israel. Ela está atualmente fechada.

O líder americano disse que, em telefonema com Sisi, os dois chegaram a um acordo para "permitir que 20 caminhões atravessem [a fronteira], para começar". Para isso, a estrada precisará de reparos, que devem levar "cerca de oito horas" nesta quinta-feira (19/10), afirmou Biden. "Portanto, nada deve acontecer provavelmente até sexta-feira."

A Casa Branca informou que Biden e Sisi também "concordaram em trabalhar juntos estreitamente para incentivar uma resposta internacional urgente e robusta ao apelo humanitário da ONU".

"Eles concordaram sobre a necessidade de preservar a estabilidade no Oriente Médio, evitar a escalada do conflito e estabelecer as circunstâncias para uma paz duradoura e permanente na região", completou o escritório de Biden.

Gaza vive uma "catástrofe humanitária sem precedentes", segundo a ONU, desde que os ataques brutais do grupo fundamentalista islâmico Hamas contra Israel em 7 de outubro desencadearam uma ofensiva de retaliação israelense também sangrenta contra o enclave palestino.

Além de realizar bombardeios incessantes a Gaza, Israel impôs um cerco total ao território, controlado pelo Hamas desde 2007, bloqueando a entrada de água, comida, energia e combustível.

ek/rk (DPA)

Protestos em vários países árabes após ataque a hospital
Protestos em massa ocorreram em vários países árabes e muçulmanos nesta quarta-feira (18/10), em reação à explosão letal em um hospital na Cidade de Gaza no dia anterior que deixou centenas de mortos. Enquanto Estados Unidos e Israel acusam um grupo terrorista palestino pelo ataque, o grupo fundamentalista islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, culpa as forças israelenses.

Na Cisjordânia, que vive um dia de luto decretado pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, manifestantes saíram às ruas em grande número tanto em Ramallah quanto em Nablus.

Já no Egito, grandes multidões se reuniram em Gizé e em outras cidades. O presidente Abdel-Fattah al-Sisi, cujo governo geralmente proíbe protestos públicos, encorajou os egípcios a saírem às ruas e disse esperar que "milhões" protestem.

Ele falava ao lado do chanceler federal alemão, Olaf Scholz, que visitou o Egito nesta quarta-feira.

Na Jordânia, uma das potências regionais que mantêm laços diplomáticos com Israel, manifestantes se reuniram em frente à embaixada israelense.

Já os manifestantes em Túnis, na Tunísia, estiveram reunidos em frente à embaixada da França no país. Segundo eles, a escolha se deu por causa da "parcialidade" da França, que colonizou a Tunísia, em relação a Israel.

Os libaneses também escolheram a embaixada da França como local para protestos durante a noite, logo após a notícia da explosão. Mais tarde, nesta quarta-feira, manifestantes foram alvo de canhões de água e gás lacrimogêneo perto da embaixada dos Estados Unidos em Beirute.

Enquanto isso, o representante do Hamas no Líbano, Osama Hamdan, fez um apelo por protestos globais na próxima sexta-feira e sábado, dizendo que muçulmanos de todo o mundo devem mostrar sua indignação após as orações de sexta.

ek/rk (DW)

EUA dizem que grupo palestino causou explosão em hospital
A Casa Branca disse nesta quarta-feira (18/10) que dados preliminares da inteligência dos Estados Unidos e de Israel indicam que Israel não foi responsável pelo ataque a um hospital na Faixa de Gaza no dia anterior. O presidente Joe Biden acrescentou que a explosão parece ter sido resultado de um foguete lançado erroneamente por um "grupo terrorista".

Biden endossou a insistência do governo israelense de que este não perpetrou o ataque mortal. Israel alega que o grupo extremista Jihad Islâmica está por trás da explosão.O grupo fundamentalista islâmico Hamas, por sua vez, colocou a culpa em um ataque aéreo israelense. Tanto a Jihad Islâmica como o Hamas são considerados grupos terroristas pelos EUA.

"Embora continuemos a coletar informações, nossa avaliação atual, baseada na análise de imagens aéreas, interceptações e informações de código aberto, é que Israel não é responsável pela explosão no hospital em Gaza ontem", afirmou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Adrienne Watson.

A inteligência americana incluiu dados de satélite e infravermelhos que mostram o lançamento de um projétil a partir de posições combatentes dentro de Gaza, informou o jornal The New York Times, citando autoridades americanas.

Autoridades israelenses teriam fornecido a Washington comunicações interceptadas entre autoridades do Hamas dizendo que o lançamento teve origem de forças alinhadas com grupos combatentes palestinos, enquanto a inteligência dos EUA também teria analisado vídeos de código aberto do lançamento. Entre outros, as imagens teriam sido também gravadas por jornalistas.

As autoridades americanas alertaram, porém, que não se sabe toda a verdade sobre o que aconteceu no hospital. Segundo o New York Times, "apesar de não acreditarem que um golpe israelense tenha causado o ataque, não têm certeza sobre o fato de um foguete palestino errante poder ter causado a perda de tantas vidas no hospital".

Biden, em Tel Aviv durante uma breve visita para mostrar solidariedade a Israel após os ataques brutais do Hamas em 7 de outubro, disse ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que o ataque parece ter sido "feito pelo outro lado".

Mais tarde, o presidente americano atribuiu a culpa com mais firmeza, dizendo que, "com base nas informações que vimos até agora, parece ser o resultado de um foguete errante disparado por um grupo terrorista em Gaza".

A explosão no hospital matou 471 pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, e provocou indignação em todo o mundo árabe e muçulmano.

ek/rk (AFP, Lusa, ots)

Israel diz que vai permitir entrega de ajuda limitada a Gaza
Israel afirmou nesta quarta-feira (18/10) que vai permitir que o Egito entregue quantidades limitadas de ajuda humanitária à Faixa de Gaza – a primeira brecha em dez dias de um "cerco total" imposto pelo governo israelense ao enclave palestino.

O cerco – que impediu a entrada de água, comida, energia e combustível em Gaza – veio em retaliação aos ataques brutais do grupo fundamentalista islâmico Hamas contra a população israelense em 7 de outubro, que deixaram mais de 1.400 mortos.

Após a ofensiva do Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, forças israelenses também lançaram incessantes bombardeios contra o enclave, que já mataram mais de 3.000 pessoas. Os ataques e o cerco levaram a uma "catástrofe humanitária sem precedentes" no território palestino, segundo a ONU. A situação se agravou na terça-feira, quando uma explosão num hospital na Cidade de Gaza matou centenas.

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou que a decisão de permitir o envio de ajuda limitada pelo Egito foi tomada após um pedido do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em visita a Israel.

O gabinete disse também que Israel não impedirá as entregas de alimentos, água ou medicamentos, desde que sejam limitadas a civis no sul da Faixa de Gaza e não sejam destinadas a membros do grupo Hamas. A declaração não fez menção ao combustível, extremamente necessário.

Não ficou claro quando a ajuda começaria a fluir. Na passagem de Rafah, a única ligação de Gaza com o Egito, caminhões cheios de ajuda aguardam há dias para entrar. Mas a instalação tem capacidade limitada e, segundo o Egito, teria sido danificada por ataques aéreos de Israel.

ek/rk (AP)

Conselho de Segurança da ONU rejeita resolução do Brasil
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) rejeitou nesta quarta-feira (18/10) uma proposta de resolução sobre o conflito entre o grupo islâmico Hamas e Israel apresentada pelo Brasil, que ocupa a presidência rotativa do órgão neste mês. O texto foi derrubado após o veto dos Estados Unidos.

Para ser adotada, uma resolução exige a aprovação de pelo menos nove dos 15 membros do Conselho, sem qualquer veto de um dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China).

A proposta brasileira recebeu 12 votos favoráveis, já Rússia e Reino Unido se abstiveram. A Rússia já havia apresentado sua própria resolução, que foi também rejeitada na segunda-feira. O país tentou fazer emendas ao texto brasileiro, cuja análise prevista para segunda acabou sendo adiada para mais negociações. Durante a votação, a Rússia tentou incluir na proposta do Brasil uma menção a explosão de um hospital na Faixa de Gaza e um cessar-fogo humanitário.

O texto do Brasil apelava por "pausas humanitárias" para permitir o acesso humanitário sem entraves a Gaza, rejeitava e condenava "inequivocamente os hediondos ataques terroristas do Hamas" e pedia a revogação da ordem israelense para que civis e funcionários da ONU no norte da Faixa de Gaza se deslocassem para o sul do território.

Até o momento, o órgão mais poderoso da ONU, responsável por manter a paz e a segurança internacionais, não conseguiu tomar uma posição sobre o ataque do Hamas ou sobre a reação de Israel. O novo fracasso aumentou a pressão sobre o Conselho de Segurança, que desde 2016 não emite resoluções sobre o Oriente Médio.

Resoluções emitidas pelo Conselho de Segurança tem caráter mandatório, ou seja, precisam ser cumpridas pelos países. Se não forem, os países podem ser punidos em tribunais internacionais.

cn (ots)

Scholz diz que abertura da fronteira entre Egito e Gaza deve ocorrer em breve
O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, relatou avanços nos esforços políticos para o envio de ajuda humanitária aos civis na Faixa de Gaza.

Em reunião com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, no Cairo, Scholz disse esperar que a fronteira entre o país e o enclave palestino seja aberta em breve para o início das operações humanitárias.

"Os esforços dos Estados Unidos e da nossa parte, assim como os esforços de muitos outros, certamente contribuíram para o fato de que isso está agora iminente" disse o chanceler, ressaltando a necessidade do envio urgente de água, alimentos e medicamentos ao povo de Gaza.

Scholz observou ainda que a ONU e as demais agências humanitárias se consideram em condições de facilitar o envio de ajuda "sem que isso caia em mãos erradas".

Em postagem na rede social X, o líder alemão se disse horrorizado com o bombardeio ao hospital na cidade de Gaza e disse que é "fundamental a realização de uma investigação minuciosa" sobre o incidente.
rc (DPA, DW)

Em Tel Aviv, Biden endossa versão de Israel sobre explosão em hospital de Gaza
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou nesta quarta-feira a Tel Aviv, onde se se reuniu como primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

O presidente americano se disse "profundamente entristecido e revoltado com a explosão do hospital em Gaza" e endossou a versão israelense sobre o episódio, que supostamente deixou centenas de mortos, segundo autoridades de saúde de Gaza.

Desde o episódio na terça-feira, Israel e os palestinos têm trocado acusações.

Na noite de terça-feira, as Forças de Defesa de Israel atribuíram a explosão a um foguete do grupo palestino Jihad Islâmica. Segundo Israel, o foguete explodiu antes de chegar ao destino, no território vizinho. O grupo palestino e o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, por sua vez, atribuíram a explosão a um ataque aéreo israelense.

"Com base no que vimos, parece que isso foi feito pelo outro lado", disse Biden se referindo ao Hamas e à Jihad Islâmica. "Mas, ainda há muita gente que não tem certeza disso", ponderou durante o encontro com Netanyahu.

Biden disse ter conversado com Netanyahu sobre a adoção de medidas que permitam salvar as vidas dos palestinos que "são inocentes e foram pegos no meio disso tudo". "Temos que ter em mente que o Hamas não representa a totalidade do povo palestino e lhes trouxe apenas sofrimento", afirmou.

"Quero dizer ao povo de Israel que sua coragem, determinação a bravura são impressionantes", elogiou o presidente americano, se dizendo satisfeito em visitar Israel.

Netanyahu, por sua vez, pediu maior unidade global na luta contra o terrorismo. "Assim como o mundo civilizado se uniu para derrotar os nazistas e o 'Estado Islâmico', deve também se unir para derrotar o Hamas", afirmou, ao lado de Biden.

"Posso lhe assegurar, senhor presidente, que Israel está unido para derrotar o Hamas e remover essa terrível ameaça", concluiu.

rc/cn/rk (AFP)

Biden cancela viagem à Jordânia
A Casa Branca emitiu um comunicado no qual afirma que o presidente americano, Joe Biden, não irá mais à Jordânia para se encontrar com autoridades do Oriente Médio nesta quarta-feira.

Biden iria se reunir com o rei Abdullah, da Jordânia, o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

Mais cedo, Abbas já havia cancelado o encontro devido ao bombardeio que atingiu um hospital na Cidade de Gaza nesta terça-feira e deixou centenas de mortos e feridos.

Um funcionário da Casa Branca informou que Biden "enviou suas mais profundas condolências pelas vidas inocentes perdidas na explosão do hospital em Gaza, e desejou uma rápida recuperação aos feridos".

gb (ots)

Scholz tem de deixar avião devido a alarme de bombardeio
O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, e a delagação que o acompanhava em sua visita a Israel tiveram de abandonar subitamente o avião com o qual iriam decolar de Tel Aviv rumo ao Cairo, no Egito, na noite desta terça-feira.

Scholz foi levado de carro para um abrigo em um prédio próximo ao aeroporto, enquanto outros passageiros tiveram de se deitar na pista. Ao menos dois mísseis antiaéreos teriam sido disparados e puderam ser ouvidos no local. Alguns minutos depois do acidente, eles retornaram ao interior do avião.

gb (ots)

Turquia negocia liberação de reféns com o Hamas
Seguem as negociações com o grupo radical islâmico Hamas para a libertação de reféns de diversas nacionalidades, de acordo com informações divulgadas pelo ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan.

Ancara está em tratativas com o braço político do Hamas, afirmou Fidan, em Beirute, citando "pedidos de vários países em relação à libertação de seus cidadãos".

Na semana passada, a Turquia disse que estava mantendo conversações para a libertação de civis que o Hamas sequestrou durante os ataques terroristas em território israelense, no dia 7 de outubro.

Israel afirma que militantes do Hamas sequestraram cerca de 200 pessoas, muitas delas com dupla nacionalidade.

gb (dpa, ots)

Autoridade Palestina cancela encontro com Joe Biden
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, cancelou uma reunião que teria nesta quarta-feira com o presidente dos EUA, Joe Biden, devido ao bombardeio que atingiu um hospital na Cidade de Gaza nesta terça-feira e deixou centenas de mortos e feridos.

A reunião estava marcada para acontecer na Jordânia. O funcionário da Autoridade Palestina informou que Abbas teria de voltar para Ramallah, a sede do governo, na Cisjordânia, por causa do episódio ocorrido em Gaza.

gb (Reuters, ots)