Israel descarta Estado palestino e reforça presença militar

ROMA, 16 NOV (ANSA) – O governo israelense afirmou neste domingo (16) que não aceitará a criação de um Estado palestino e que as Forças de Defesa de Israel (IDF) continuarão posicionadas em áreas estratégicas da Faixa de Gaza.   

“A política de Israel é clara: não haverá um Estado palestino. As IDF permanecerão no Monte Hermon e na zona de segurança. Gaza será desmilitarizada até o último túnel, e o Hamas será desarmado”, declarou Israel Katz, ministro da Defesa de Tel Aviv.   

A posição foi reforçada pelo primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, que afirmou que a oposição à criação de um Estado palestino “existe, é válida e não mudou em nada”. O chefe de governo também reiterou que o grupo fundamentalista islâmico será desarmado.   

“Quanto à alegada ‘não desmilitarização’ da parte de Gaza controlada pelo Hamas, isso não acontecerá. Mesmo no plano de 20 pontos, esse território será desmilitarizado e o Hamas será desarmado. Isso ocorrerá pelo caminho fácil ou pelo caminho difícil”, declarou.   

Embora um acordo de cessar-fogo esteja em vigor no enclave palestino, as IDF teriam bombardeado áreas ao norte da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, segundo a Al Jazeera. Os ataques ocorreram dentro da chamada “Linha Amarela”, que demarca regiões sob controle do exército israelense.   

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou ainda que quase quatro mil crianças no enclave aguardam evacuação para tratamento urgente fora de Gaza.   

“Um mês depois, com o cessar-fogo em Gaza, a OMS está no terreno reconstruindo os sistemas de saúde e garantindo que os pacientes recebam cuidados vitais por meio de evacuações médicas”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da entidade. (ANSA).