TEL AVIV, 22 JUL (ANSA) – O governo de Israel deu salvo-conduto para cerca de 800 integrantes dos “Capacetes Brancos” – ONG de defesa civil ligada a rebeldes da Síria – e suas famílias cruzarem o país para chegar à Jordânia.   

O grupo atravessou a passagem de Quneitra e entrou nas Colinas de Golã, onde foram acompanhados pelo Exército israelense até a fronteira jordaniana. A operação, segundo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, foi conduzida por pedido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do premier do Canadá, Justin Trudeau.   

“Tratam-se de pessoas que salvaram vidas humanas e que se encontram agora em perigo”, declarou. Um porta-voz militar acrescentou que a operação foi um “gesto humanitário de caráter excepcional”.   

“Israel continuará a manter uma política de não-intervenção no conflito na Síria”, afirmou. O sul do país árabe está sob assédio das tropas de Bashar al Assad, apoiadas pelo Irã e pela Rússia, o que tem provocado um intenso deslocamento de refugiados em direção à Jordânia.   

Os “Capacetes Brancos” foram aqueles que denunciaram um suposto ataque químico em Duma, em abril passado, que deixou de 70 a 100 mortos. A ação é atribuída pelos rebeldes ao regime Assad, que nega envolvimento. (ANSA)