Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (9) que Israel concordou em permitir pausas diárias de quatro horas nos ataques a Gaza.

Este acordo anunciado pelo porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, coincide com as conversas que Israel, os Estados Unidos e o Qatar mantêm em Doha, capital deste país do Golfo Pérsico, negociações que por enquanto não alcançaram o seu objectivo de libertar alguns dos mais de 240 reféns capturados pelo Hamas em 7 de outubro.

Com este acordo para pausas humanitárias, Israel cede – parcialmente – à pressão internacional, apesar de não haver um cessar-fogo oficial.

O objetivo é permitir o acesso à ajuda humanitária e aos residentes do território palestiniano se deslocarem para sul para escapar dos bombardeos.

Tanto Israel como o seu principal aliado acreditam que um cessar-fogo permitiria ao Hamas respirar. Portanto, na mesma linha de Netanyahu, o presidente dos EUA, Joe Biden, reconheceu que no curto prazo “não há possibilidade” de cessação das hostilidades.

O acordo – se cumprido – representaria a primeira trégua num mês de bombardeamentos israelitas que deixaram mais de 10.800 mortos em Gaza, segundo as autoridades de saúde do enclave, governado pelo Hamas.

A Casa Branca, que anunciou a iniciativa, classificou a decisão como “um passo na direção certa”. Mas o próprio Biden reconheceu que a concessão israelita fica aquém do que tinha solicitado, uma pausa de mais de três dias para permitir a libertação dos reféns detidos pelo Hamas.

Enquanto as pausas estiverem em vigor, as forças israelenses não realizarão nenhum tipo de operação em Gaza, disse Kirby. “Queremos que essas pausas sejam implementadas enquanto a ajuda humanitária for necessária”, acrescentou o porta-voz dos EUA.