Israel bombardeou nesta segunda-feira (8) os arredores da cidade costeira de Lataquia e as cidades de Homs e Palmira, no centro da Síria, informou a agência oficial Sana.
Por sua vez, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) reportou que “o bombardeio israelense perto de Homs visou uma unidade militar ao sul da cidade”, e o realizado perto de Lataquia, “um quartel militar”.
Desde que uma coalizão de rebeldes islamistas derrubou o regime de Bashar al Assad em dezembro de 2024, Israel realizou centenas de bombardeios na Síria, alegando que quer impedir que o arsenal caia nas mãos das novas autoridades islamistas, com as quais, no entanto, iniciou conversações.
No final de agosto, o Exército israelense conduziu uma operação aérea em um setor ao sul de Damasco previamente bombardeado, segundo um meio estatal sírio.
Israel não confirmou essa operação, mas seu ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que as forças israelenses operavam “dia e noite” onde fosse necessário para a segurança do país.
No início de setembro, Sana indicou que soldados israelenses prenderam sete pessoas durante uma operação de “infiltração” no sul da Síria.
Após a queda de Assad, o Exército israelense entrou na zona desmilitarizada das Colinas de Golã, no limite com a parte do planalto sírio ocupada por Israel, e suas forças frequentemente realizam incursões no sul da Síria, onde ocupam algumas posições.
Síria e Israel estão oficialmente em estado de guerra desde 1948, mas participam de negociações, com a mediação dos Estados Unidos, para reduzir as tensões.
jos/liu/jvb/ag/lm/am