ROMA, 4 JUN (ANSA) – Israel atacou o sul da Síria na última terça-feira (3) após acusar a administração do novo presidente interino de Damasco, Ahmad al-Sharaa, de lançar “dois mísseis contra o território israelense, que caíram sem causar danos”.
Nesta quarta (4), o governo sírio disse não ter ainda confirmado o lançamento de mísseis contra Israel, mas condenou o contra-ataque, afirmando que causou “graves perdas humanas e materiais”, além de ter violado a soberania da Síria “em um momento em que precisamos muito de soluções calmas e pacíficas”.
“Convidamos a comunidade internacional a assumir as próprias responsabilidades em parar estes ataques e a apoiar os esforços destinados ao retorno da segurança e da estabilidade na Síria e na região”, diz o Ministério das Relações Exteriores de Damasco em nota.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (Sohr) também confirmou os ataques israelenses no sul do país.
“Violentas explosões abalaram o sul da Síria, entre as quais a cidade de Quneitra e a região de Daraa, logo após os bombardeios aéreos de Israel”, afirmou o Sohr, sem citar vítimas.
Já as Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram também hoje que seus “caças atingiram armas pertencentes ao regime sírio no sul do país”, logo após ser atacado ontem por mísseis da Síria.
“O regime sírio é responsável pela situação atual na Síria e continuará a sofrer as consequências enquanto as atividades hostis de seus territórios continuarem. As IDF continuarão a operar contra qualquer ameaça ao Estado de Israel”, diz nota das forças israelense. (ANSA).