Israel realizou ataques aéreos no Iêmen, nesta terça-feira (6), pelo segundo dia consecutivo, tendo como alvo Sanaa e seu aeroporto, ambos controlados pelos rebeldes huthis, dois dias depois que eles lançaram um míssil contra o principal aeroporto internacional de Israel.
O canal dos rebeldes, Al Masirah, informou sobre os bombardeios israelenses contra o aeroporto internacional da capital do Iêmen, país que está em guerra desde 2014.
Segundo a mesma fonte, também foram atacadas três centrais elétricas em Sanaa e ao redor, assim como uma fábrica de cimento em Amran, no norte do país.
Correspondentes da AFP em Sanaa escutaram explosões e viram fumaça saindo de diferentes partes da cidade. Até o momento, não se sabe se houve vítimas.
Israel assegurou que deixou o aeroporto de Sanaa “totalmente fora de serviço”. Também confirmou ter atacado centrais elétricas.
O canal dos huthis acusou, como no dia anterior, os Estados Unidos de terem participado dos ataques, mas Washington negou, na segunda-feira, qualquer implicação.
Na segunda-feira, os ataques israelenses nas zonas sob o controle huthi no oste do país causaram quatro mortes, segundo o Ministério da Saúde dos huthis.
Israel justificou os bombardeios, os quintos desde julho de 2024, como uma “resposta aos repetidos ataques do regime terrorista huthi”.
As infraestruturas atacadas no porto de Hodeida (oeste) serviam para “o translado de armas e equipes militares iranianas”, segundo as autoridades israelenses.
O Irã apoia os huthis, que controlam grande parte do Iêmen, ainda que negue proporcionar assistência militar.
Alegando agir em solidariedade aos palestinos, os huthis reivindicaram dezenas de ataques com mísseis e drones contra Israel – a mais de 1.800 quilômetros do Iêmen – desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.
No domingo, pela primeira vez segundo o Exército israelense, um míssil lançado pelos huthis impactou diretamente dentro do perímetro do aeroporto Ben Gurion, perto de Tel Aviv.
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