Israel aprova plano de expansão militar na Faixa de Gaza

ROMA, 5 MAI (ANSA) – Israel aprovou por unanimidade um plano para expandir as operações militares na Faixa de Gaza, gerando protestos em Jerusalém nesta segunda-feira (5).   

Segundo uma fonte política citada pelo jornal Ynet, a medida aprovada pelo gabinete de segurança israelense prevê, dentre outras coisas, a ocupação do enclave e a manutenção territorial, o deslocamento da população palestina para o sul, além de negar ao Hamas a distribuição de suprimentos humanitários. O plano também permite ataques violentos contra militantes árabes locais, o que segundo o governo do país judeu, ajudará a garantir sua vitória na região.   

A proposta gerou protestos em Jerusalém nesta segunda, levando manifestantes a bloquearem diversas ruas nas proximidades de Kiryat HaMemshala, o complexo que abriga prédios dos três poderes israelenses, o que causou confrontos com a polícia.   

Ainda de acordo com a imprensa local, Israel também aprovou o ingresso de ajuda humanitária no enclave que passará a ser distribuída através de empresas privadas. No entanto, conforme reportagem publicada no Times of Israel, a medida só ganhará forma após a visita do presidente americano, Donald Trump, à Gaza nas próximas semanas.   

A União Europeia demonstrou “preocupação com a prevista extensão da operação das forças armadas israelenses em Gaza, que causará mais vítimas e sofrimentos à população palestina”.   

A comissão europeia para Relações Externas insistiu para que Israel aja “com a máxima moderação”, além de pedir ao país para “revocar o bloqueio de ajuda humanitária em Gaza”. (ANSA).