ROMA, 29 MAI (ANSA) – O governo de Israel anunciou a criação de mais 22 assentamentos na Cisjordânia ocupada, prática condenada pela comunidade internacional por, na prática, significar a anexação de territórios destinados a um futuro Estado palestinos.
Segundo o Ministério da Defesa israelense, a medida inclui a construção de novas comunidades e a legalização de outras hoje não autorizadas.
“Esse é um grande dia para o movimento pelos assentamentos e um dia importante para o Estado de Israel”, celebrou o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, expoente da ultradireita no governo do premiê Benjamin Netanyahu.
Já o ministro da Defesa, Israel Katz, declarou que a decisão “reforça a tomada do território e é uma resposta decisiva contra o terrorismo palestino”.
O Hamas, por sua vez, disse que as novas colônias são um “desafio à vontade internacional e uma grave violação das resoluções da ONU”. O grupo, que controla a Faixa de Gaza, também cobrou “medidas concretas” para combater as “políticas de anexação e expansão dos assentamentos, que são um crime de guerra”.
O anúncio de Israel também foi condenado pelo governo do Reino Unido, cujo vice-secretário de Relações Exteriores para o Oriente Médio, Hamish Falconer, disse que as colônias são “um obstáculo deliberado” para a paz. (ANSA).