Israel enviará uma delegação para negociar a libertação dos reféns detidos em Gaza, informou, nesta quinta-feira (4), o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, um dia depois de o movimento islamista Hamas ter indicado que havia comunicado novas “ideias” aos mediadores para acabar com a guerra.

“O primeiro-ministro informou ao presidente [americano Joe] Biden da sua decisão de enviar uma delegação para continuar as negociações para a libertação dos reféns”, disse o gabinete do chefe do governo israelense em um comunicado, sem especificar a data ou local dessas discussões.

“Ele reiterou que Israel está acima de tudo determinado a colocar fim à guerra apenas se cumprirem todos os seus objetivos”, acrescentou.

Nesta quarta-feira, o Hamas afirmou que comunicou aos países mediadores novas “ideias” para acabar com a guerra na Faixa de Gaza, depois de quase nove meses.

O movimento islamista palestino, que governa Gaza desde 2007, disse que discutiu negociações com autoridades do Catar e do Egito e manteve contatos com a Turquia.

Israel confirmou, por sua vez, que estava “avaliando” os “comentários” do Hamas sobre um acordo para a libertação dos reféns detidos em Gaza e que enviaria sua resposta aos mediadores.

A guerra eclodiu em 7 de outubro, quando milicianos islamistas mataram 1.195 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

O Exército de Israel estima que 116 pessoas permanecem detidas em Gaza, 42 das quais teriam morrido.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva sobre o território palestino que já deixou pelo menos 38.011 mortos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas.

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