Israel anunciou, nesta quarta-feira (17), a entrada em Gaza de remessas de farinha do Programa Mundial de Alimentos (PMA) procedentes do porto de Ashdod, no âmbito de iniciativas para aliviar a situação humanitária no território palestino sob cerco israelense.

“Oito caminhões de farinha do Programa Mundial de Alimentos entraram em Gaza a partir do porto de Ashdod”, afirmou o Exército israelense em um comunicado. É “primeira vez desde a aprovação da abertura do porto de Ashdod”, acrescentou.

Diante da pressão de seus aliados e das organizações internacionais pela situação humanitária, o governo de Israel se comprometeu, em 5 de abril, a autorizar o envio de ajuda a partir desse porto, situado cerca de 30 km ao norte da Faixa de Gaza.

Os caminhões do PMA “foram submetidos a uma minuciosa inspeção de segurança no porto de Ashdod. Em seguida, foram admitidos na Faixa de Gaza através da passagem fronteiriça de Kerem Shalom”, declarou o Exército.

Kerem Shalom, um dos poucos pontos de acesso terrestre a Gaza de Israel, está situado na fronteira sul do território palestino, o que leva a longos deslocamentos para que a ajuda seja inspecionada, segundo as organizações humanitárias.

Como parte das medidas anunciadas no início do mês, Israel também afirma que habilitou uma nova passagem terrestre no norte de Gaza, onde a crise é mais grave.

Por ora, a maioria dos caminhões entra pela passagem de Rafah, na fronteira sul com o Egito.

O Exército israelense afirmou na terça-feira que 553 caminhões com ajuda humanitária entraram em Gaza em 48 horas, um número insuficiente segundo a ONU.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rechaçou hoje “as acusações das organizações internacionais sobre a fome em Gaza”, e garantiu que Israel estava fazendo “tudo o que é possível na questão humanitária”.

smk/gab/vl/js/mb/aa/ic/rpr/mvv