TEL AVIV, 3 ABR (ANSA) – O ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, lançou uma dura advertência ao grupo palestino Hamas para que desista de “novas provocações” na fronteira com a Faixa de Gaza.   

“Estabelecemos regras de comportamento claras e não pretendemos mudá-las. Quem se aproxima de lugares perto da fronteira está arriscando a vida”, disse Lieberman.   

Referindo-se aos enfrentamentos ocorridos na última sexta-feira (31), em que ao menos 16 palestinos foram mortos por disparos de militares israelenses, acrescentou: “A maior parte deles era de terroristas bem conhecidos, membros ativos da ala militar do Hamas, e não civis inocentes dando vida a um protesto”.   

A ONG Human Rights Watch também denunciou os ataques e disse que os “assassinatos” e o ferimento de centenas em Gaza são responsabilidade de “altos representantes israelenses que ilegalmente invocaram o uso de munições contra manifestantes palestinos que não constituíam uma ameaça”.   

A HRW também exigiu que “os juízes da Corte Penal Internacional abram uma investigação formal sobre crimes internacionais na Palestina”.   

O Conselho da Liga Árabe, reunido nesta terça-feira (3), estabeleceu um documento para pedir à Organização das Nações Unidas (ONU) que investigue “os crimes de guerra cometidos pelas forças israelenses” em Gaza. A entidade exige uma “investigação confiável, delimitada e que assegure um mecanismo claro para julgar os responsáveis israelenses por esses crimes e indenizar as vítimas”.   

A Liga Árabe havia convocado a reunião de emergência após a morte de 16 pessoas nas manifestações convocadas pelo Hamas, cujo objetivo era repudiar a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. (ANSA)