Israel afirmou, neste sábado (13), ter matado um funcionário de alto escalão do braço armado do movimento islamista palestino Hamas em um bombardeio na Faixa de Gaza.
“Em resposta à detonação de um dispositivo explosivo pelo Hamas que feriu nossas forças hoje […] o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Israel Katz ordenaram a eliminação do terrorista Raad Saad”, disseram em nota conjunta.
O Exército israelense o descreveu como “um dos arquitetos” do ataque de 7 de outubro de 2023 contra Israel, que desencadeou a guerra em Gaza.
Também afirmou que ele era o chefe da sede de produção de armas do braço militar do Hamas e que liderava o “fortalecimento militar” do grupo.
Fontes da família de Raad Saad confirmaram sua morte à AFP e informaram que o funeral será no domingo.
O Exército israelense disse que dois soldados da reserva ficaram levemente feridos “como resultado da detonação de um artefato explosivo durante uma operação” no sul de Gaza.
A Defesa Civil e fontes médicas do território palestino, controlado por Hamas, indicaram previamente à AFP que um bombardeio israelense matou cinco pessoas no distrito de Tel al Hawa, no sudoeste da Cidade de Gaza.
Ao ser contactado pela AFP neste sábado (13), o Exército não informou se o bombardeio relatado em Tel al Hawa foi o mesmo mencionado em um comunicado anterior, no qual a morte de Raad Saad era anunciada.
O cessar-fogo entre Hamas e Israel entrou em vigor em 10 de outubro, mas continua frágil e as partes se acusam mutuamente de violar os temos.
Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, disse que cinco pessoas morreram depois que “um veículo civil” foi atingido perto de Nabulsi, em Tel al Hawa.
Bassal disse que os corpos foram levados ao hospital Al Shifa depois que “aviões israelenses bombardearam o veículo civil com três mísseis, causando seu incêndio e destruição”.
O departamento de emergências do hospital confirmou à AFP a chegada dos cinco corpos e acrescentou que 25 pessoas ficaram feridas.
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