Os três corpos entregues a Israel na sexta-feira, procedentes da Faixa de Gaza e enviados pela Cruz Vermelha, não pertencem a nenhum dos reféns capturados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, afirmou o exército israelense neste sábado (1º).
Uma fonte militar já havia indicado na noite de sexta-feira, no momento da entrega, que não acreditava que os corpos fossem dos reféns.
O movimento islamista palestino Hamas já devolveu os restos mortais de 17 dos 28 reféns falecidos que concordou em entregar como parte de um acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos.
Os 17 corpos devolvidos incluem os de 15 israelenses, um tailandês e um nepalês.
De acordo com os termos do acordo de cessar-fogo, para cada israelense libertado, Israel devolveu 15 corpos de palestinos mortos durante a guerra, totalizando 225.
Após a implementação da trégua, o Hamas libertou os últimos 20 reféns sobreviventes mantidos em cativeiro em Gaza em 13 de outubro e iniciou o processo de devolução dos corpos dos reféns falecidos.
No entanto, sucessivos atrasos na entrega dos corpos irritaram o governo israelense, que acusou o Hamas de violar o acordo de cessar-fogo.
As famílias dos reféns também exigiram medidas mais enérgicas para forçar o grupo palestino a cumprir o acordo.
Dez corpos de reféns sequestrados em 7 de outubro permanecem em Gaza, assim como o de um soldado morto durante a guerra de 2014.
Apesar do cessar-fogo ter entrado em vigor em 10 de outubro, Israel bombardeou Gaza duas vezes em retaliação aos disparos que mataram três de seus soldados.
Os ataques aéreos de 19 de outubro mataram pelo menos 45 pessoas em Gaza, segundo fontes palestinas. Os bombardeios de terça-feira deixaram 104 mortos, de acordo com as mesmas fontes.
O Hamas, que nega ter disparado contra soldados israelenses, acusou Israel de violar o cessar-fogo.