Israel afirma que negocia em segredo com líderes árabes para normalizar relações

Israel afirma que negocia em segredo com líderes árabes para normalizar relações

Israel discute em segredo com vários líderes de países árabes e muçulmanos para normalizar as relações com o Estado hebreu, afirmou neste domingo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

“Há muitos encontros não acompanhados pela mídia com líderes árabes e muçulmanos para normalizar as relações com o Estado de Israel”, declarou Netanyahu em Jerusalém, antes de informar que conversou com governantes do Sudão, Chade e Omã.

Netanyahu fez as declarações na véspera do primeiro voo comercial direto” entre Israel e Emirados Árabes Unidos, após o acordo de normalização entre os dois países anunciado em 13 de agosto, o que o Estado hebreu tenta ampliar para outros países da região.

O primeiro-ministro israelense estava ao lado de Jared Kushner, conselheiro da Casa Branca e genro do presidente Donald Trump.

“Os avanços de hoje serão as normas de amanhã e abrirão o caminho a outros países que querem normalizar suas relações com Israel”, completou Benjamin Netanyahu.

Jared Kushner chamou o acordo com os Emirados Árabes de “passo gigante” a favor da paz no Oriente Médio.

Um reflexo da vontade de acelerar a normalização é a viagem de uma delegação israelense-americana, na segunda-feira, no primeiro voo comercial direto entre Tel-Aviv e Abu Dhabi.

No voo “histórico” estarão presentes, além de Kushner, o diretor do Conselho Nacional de Segurança Israelense, Meir Ben-Shabbat, assim como o conselheiro presidencial americano de Segurança Nacional, Robert O’Brien.

Ao mesmo tempo, o líder do Hezbollah libanês, Hassan Nasrallah, afirmou neste domingo que o movimento mataria um soldado israelense para cada membro do grupo morto por Israel, dando a entender que ainda não vingou uma vítima de um bombardeio recente na Síria.

“Os israelenses devem compreender: quando matam um de nossos combatentes, nós mataremos um de seus soldados. É a equação”, afirmou Nasrallah em um discurso.

Um combatente do Hezbollah morreu em um bombardeio israelense em 20 de julho na Síria, onde o movimento apoia o regime de Bashar al-Assad.