Israel afirma que não há ‘desnutrição generalizada’ em Gaza

Israel afirmou nesta terça-feira (12) que “não há sinais de um fenômeno de desnutrição generalizada” na Faixa de Gaza, onde a ONU alerta há semanas sobre o risco de um cenário de fome.

O Cogat, responsável pela administração civil dos territórios palestinos e subordinado ao Ministério da Defesa, anunciou ter realizado uma “análise exaustiva” dos dados e números do Hamas sobre as mortes por desnutrição no território palestino.

O Ministério da Saúde em Gaza, sob controle do movimento islamista, calcula que até o momento 227 pessoas morreram de fome, das quais 103 eram crianças.

O Cogat aponta “uma diferença significativa entre esses números e os casos documentados, com detalhes completos de identificação” na imprensa e nas redes sociais, o que “gera dúvidas sobre sua credibilidade”.

“A análise caso a caso das mortes divulgadas mostra que a maioria (…) sofria de condições médicas pré-existentes que provocaram a deterioração do seu estado de saúde, sem relação com o seu estado nutricional”, afirmou o Cogat.

“Não há nenhum sinal de um fenômeno de desnutrição generalizada” entre os habitantes de Gaza”, concluiu o Cogat, que denunciou a “exploração cínica de imagens trágicas” por parte do Hamas.

Em um comunicado divulgado nesta terça-feira, o governo do Hamas apresenta uma longa “refutação das mentiras” do Cogat, que chama de uma “tentativa desesperada e vã de ocultar um crime documentado internacionalmente: a fome sistemática da população de Gaza”.

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