O Exército israelense acusou neste domingo (8) o porta-voz da Defesa Civil de Gaza de ser um “terrorista” do Hamas, acusação que ele negou.
Citando documentos que alega que foram encontrados durante a ofensiva de suas forças em Gaza, o Exército afirma que Mahmud Bassal era um “terrorista ativo” do grupo islamista cujo ataque de outubro de 2023 contra Israel desencadeou a guerra de Gaza.
O Exército distribuiu cópias de supostas listas de membros do Hamas, sem esclarecer onde ou como obteve os documentos sem data.
O Exército israelense acusou Bassal de servir aos objetivos do Hamas ao divulgar informações falsas e não verificadas sobre suas operações em Gaza.
“Esta é uma acusação falsa”, refutou Bassal ao ser questionado pela AFP. “Eu não trabalho para nenhuma organização militar”, afirmou, antes de acrescentar que a missão da agência segue o direito internacional.
A agência de Defesa Civil atua na Faixa de Gaza há décadas, mobilizando equipes de emergência para transportar vítimas dos ataques aéreos israelenses ao hospital.
Com o acesso restrito e as condições caóticas no território, é quase impossível verificar de forma independente os números de vítimas ou as circunstâncias das mortes relatadas pela agência.
A acusação do Exército foi anunciada no momento em que enfrenta críticas da Defesa Civil, que alega que as forças israelenses mataram civis recentemente perto de centros de distribuição de alimentos.
A guerra foi desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, que causou as mortes de 1.218 pessoas no lado israelense, segundo uma contagem baseada em dados oficiais.
No sábado, o Ministério da Saúde de Gaza informou que o número total de vítimas da guerra na Faixa chegou a 54.772, a maioria civis. A ONU considera os números confiáveis.
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