Isaquias Queiroz, porta-bandeira do Brasil na Olimpíada de Paris, quer bater recorde de medalhas

Renato do Val/COB
Isaquias Queiroz Foto: Renato do Val/COB

Isaquias Queiroz será porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, ao lado de Raquel Kochhann, em um lugar onde ele se sente à vontade: na água. O atleta de canoagem participará do desfile em um barco, que atravessará o Rio Sena, na capital francesa.

“Fico muito feliz de poder representar minha Bahia, meu Nordeste, o Brasil inteiro. Vai ser uma cerimônia incrível. Principalmente por poder representar minha modalidade, ainda tímida no Brasil. Botar nossas garrinhas para fora. Com certeza, depois de Paris, o pessoal vai ter mais conhecimento sobre essa grande modalidade”, afirmou, ao site do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Ambicioso, o canoísta promete chegar no torneio para conquistar um recorde de medalhas olímpicas, tornando-se o brasileiro com mais medalhas na história dos Jogos Olímpicos. Até o momento, o baiano está com quatro medalhas, e na Olimpíada do Rio, em 2016, ele se tornou o primeiro brasileiro a conquistar três medalhas em uma única edição dos Jogos. Já em Tóquio 2020, conseguiu o prometido ouro.

“O que mais me deixa motivado é o sonho de me tornar o maior atleta Olímpico do Brasil”, disse Isaquias, ao Olympics.com, em agosto de 2022. “Conquistar a sexta medalha Olímpica, jogando limpo com os meus adversários, isso vai ser muito importante para mim”, completou.

Isaquias Queiroz competirá em duas provas: no C1 1000m, no qual é o atual campeão Olímpico, e no C2 500m, ao lado do concorrente Jacky Godmann.

O competidor teve uma pausa nas atividades para acompanhar o nascimento do segundo filho, Luigi. Isso fez com que ele mudasse a estratégia sobre a sua performance na canoagem, já que perdeu musculatura durante o período em que ficou afastado.

“Em vez de estar muito forte, a gente vai estar mais magro, mas com a mesma força corporal. Porque não adianta perder massa corporal e também perder força. Nosso objetivo é diminuir dois quilos em comparação a Tóquio, só que manter a qualidade da força. É difícil você evoluir em cima da técnica, chega a um ponto que não tem mais como evoluir. A única opção é tentar ser mais rápido. Mas, para ficar mais rápido, tem que ficar um pouco mais leve”, explicou Isaquias, em conversa com o podcast do “Olympics.com”, em junho deste ano.