O servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado federal Luis Miranda (DEM-DM), disse à Polícia Federal que não possui cópia de segurança das mensagens cujo teor, segundo ele, mostra pressão recebida pelos dirigentes da pasta para a compra da vacina indiana Covaxin. As informações são da colunista Bela Megale, do jornal O Globo.

Ricardo disse à polícia que trocou o celular e não fez um backup com os arquivos originais das conversas. Ele foi ouvido na última quarta-feira (14), no inquérito que apura as negociações dos imunizante pelo governo Jair Bolsonaro.

O servidor disse que fez “prints” das mensagens e encaminhou a seu irmão. As imagens digitais também não foram entregues por ele para a PF. Segundo a colunista, Ricardo teria trocado seu aparelho em março, mesmo mês em que as suspeitas envolvendo as negociações da Covaxin foram levadas pelos irmãos Miranda ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Ainda de acordo com a reportagem, os investigadores teriam considerado estranha a troca de celular em meio ao caso, com o agravante dos arquivos originais não terem sido guardados pelo servidor. Segundo a colunista, decisões recentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) têm considerado que “prints” sem acesso aos arquivos originais não podem ser consideradas como provas válidas.

O servidor também afirmou à PF em seu depoimento que não gravou a conversa que teve com o presidente Bolsonaro sobre as irregulareidades na compra da Covaxin.

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