Detido desde a última sexta-feira (19), Daniel Alves, acusado de estuprar uma jovem, de 23 anos, se tornou uma figura de impasse entre seus familiares. Ney Alves, irmão do jogador, afirmou que a família e a ex-esposa do lateral, Dinorah Santana, estão discordando sobre quem será o responsável pela defesa do brasileiro na Espanha.
Em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record TV, Ney disse que a família de Daniel localizou um advogado criminalista de Madri, mas que Dinorah, responsável por gerenciar a carreira do lateral, não teria permitido a troca do profissional pela atual advogada, Miralda Puente.
“Desde que chegou a notícia até a gente, estamos tentando viabilizar a ida do meu irmão, Júnior, e da minha mãe [a Barcelona]. Sabíamos que a defesa dele na Espanha é conduzida por uma advogada contratada pela ex-esposa, que não é criminalista. Contatamos um dos melhores criminalistas lá da Espanha e estamos com essa dificuldade de colocá-lo no caso”, relatou Ney.
“Eu encaminhei uma autorização para o advogado, que saiu de Madri e foi até a penitenciária. Lá, ele foi informado que a advogada disse que Daniel não quer falar com ninguém a não ser com ela. Notícia essa que já temos a certeza que não é verídica”, acrescentou.
Para a reportagem, a assessoria do jogador assegurou que Ney Alves “não fala com Daniel há anos e que não tem gerência e autonomia sobre nada que se refere ao Daniel Alves”.
O caso
Aos 39 anos, Daniel Alves foi acusado de estupro por uma jovem, de 23 anos. Segundo a vítima, o crime teria acontecido no dia 30 de dezembro de 2022, em uma boate de Barcelona.
Na última sexta-feira (19), o lateral-direito foi prestar depoimento. Em conversa com a juíza Maria Concepción Canton Martín, o jogador acabou entrando em contradição com seu primeiro depoimento. O Ministério Público e a defesa da jovem pediram prisão provisória, o que foi acatado pela magistrada.
Logo após a decisão da juíza, Daniel foi levado para a penitenciária Brians 1. Ele vai ficar detido até a investigação terminar. Se condenado, o jogador pode pegar até 12 anos de reclusão.