A comédia “O Mistério de Irma Vap” triunfou ao estrear em um teatrinho em Nova York em 1984.

A peça de Charles Ludlam (1943-1987) exibia uma cornucópia de paródias do cinema e do estilo “penny dreadful”, o dramalhão barato vitoriano. Ela narra a volta de um casal de nobres para uma velha mansão amaldiçoada. É a deixa para que os atores troquem de roupa para viver tipos vivos e fantasmas. No Brasil, a peça foi sucesso, até porque os atores inseriam tantos “cacos” que o público ria e se esquecia da história. “Nossa versão não tem nada a ver com a antiga”, diz o diretor Jorge Farjalla. “Em vez do palco, trazemos à frente as coxias. Os atores mostram a expressão verbal e corporal e trocam de roupa diante do público.” A fim de reforçar a presença física e o humor improvisado típico do clown, Farjalla convidou Luís Miranda e Mateus Solano para os papéis principais. Ele mudou o cenário do castelo para um trem fantasma de parque de diversões. “A ideia é restaurar a intenção original de Ludlam: celebrar o teatro e os magos da cena — os atores.” Teatro Porto Seguro (SP), de 12/4 a 16/6.

 


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