MILÃO, 12 SET (ANSA) – O estilista Giorgio Armani, morto no último dia 4 de setembro, aos 91 anos de idade, dividiu sua rede de bens imobiliários, incluindo mansões em Milão, Saint-Tropez e Nova York, entre familiares e seu companheiro e colaborador mais próximo, Pantaleo Dell’Orco.
Os testamentos do lendário ícone da moda italiana, abertos em 9 de setembro e cujo conteúdo foi revelado nesta sexta-feira (12), concede 75% da empresa imobiliária SRL para a irmã Rosanna Armani e os sobrinhos Andrea Camerana e Silvana Armani.
Os três também receberão os 25% restantes, porém em “nua-propriedade”, com usufruto de Dell’Orco. A SRL é proprietária das mansões de Armani em Saint-Tropez, na França, em Antígua e Barbuda, no Caribe, e em Broni e Pantelleria, na Itália.
Já o palácio em Milão onde o estilista vivia terá usufruto vitalício de Dell’Orco, e os mobiliários e decorações não poderão ser removidos enquanto o companheiro “quiser viver no local”, com exceção de um quadro de Henri Matisse e de uma foto de Man Ray, que irão para Rosanna.
A casa do estilista em St. Moritz, destino de ricaços na Suíça, foi cedida em “nua-propriedade” para Camerana, também com usufruto de Dell’Orco, que ainda ganhou um apartamento em Nova York, porém com usufruto de Michele Morselli, CEO da SRL e amigo de Armani. Outro imóvel na metrópole americana será dado a Rosanna, Silvana e Camerana.
Armani também deu instruções específicas para obras de arte, como um retrato dele feito pelo ícone da pop art Andy Warhol, que irá para Dell’Orco, bem como uma estátua de tigre, um urso e uma pantera em bronze, tapetes japoneses e uma escrivaninha de madeira escura do designer francês Jean-Michel Frank.
Já o megaiate Main será cedido a Rosanna, Silvana e Camerana, que terão de alugá-lo a Dell’Orco por pelo menos quatro semanas por ano e a Morselli por outras duas semanas.
O patrimônio de Armani é estimado em US$ 11,8 bilhões (R$ 63,6 bilhões), segundo a revista Forbes. (ANSA).