As autoridades iraquianas anunciaram, neste domingo (11), que retomaram as conversas com os Estados Unidos sobre o futuro da coalizão internacional contra o jihadismo, esperando que nada as “perturbe” para que possam ser concluídas “o mais rápido possível”.

Desde meados de outubro, mais de 165 ataques com drones e foguetes foram registrados contra as tropas americanas destacadas no Iraque e na Síria como parte da coalizão internacional contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Os Estados Unidos responderam, por sua vez, com ataques a grupos pró-iranianos nesses países.

A violência ocorre no contexto da tensão regional devido à guerra em curso em Gaza entre Israel, aliado dos Estados Unidos, e o movimento palestino Hamas, apoiado pelo Irã.

Bagdá e Washington, em uma tentativa de desescalada, iniciaram conversas no final de janeiro, mas o processo foi interrompido quase imediatamente quando, em 28 de janeiro, um ataque com drone matou três soldados americanos no deserto jordaniano, na fronteira com a Síria.

O Iraque “retomou neste domingo suas reuniões com as forças da coalizão internacional em Bagdá”, disse em comunicado o general Yehia Rasool, porta-voz militar do primeiro-ministro Mohammed Shia al Sudani.

O objetivo é avaliar a ameaça representada pelo EI, bem como “as capacidades das forças armadas iraquianas”, lembrou ele, acrescentando que será “elaborado um cronograma para uma redução estudada e gradual” do número de tropas.

“Enquanto nada perturbar a serenidade das conversações, as reuniões serão realizadas regularmente para concluir o trabalho da Comissão o mais rápido possível”, afirmou Rasool.

No âmbito da coalizão internacional criada em 2014, os Estados Unidos têm 2.500 soldados destacados no Iraque. Suas tropas têm a missão de fornecer assistência e aconselhamento às forças iraquianas e evitar o ressurgimento do EI.

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