O primeiro-ministro iraquiano insistiu nesta sexta-feira (5) em pôr fim à presença da coalizão internacional antijihadista no país, um dia depois de um bombardeio americano que matou um alto funcionário de uma facção pró-Irã em Bagdá.

O primeiro-ministro, Mohamed Shia al Sudani, “afirmou [a sua] posição firme de pôr fim à existência da coalizão internacional porque as justificativas para a sua existência chegaram ao fim”, segundo um comunicado do seu gabinete.

Al Sudani, cujo governo é apoiado por partidos próximos do Irã, já havia manifestado nas últimas semanas a sua vontade de que as tropas estrangeiras destacadas abandonassem o país.

Mas esta nova declaração surge em um contexto de tensões crescentes no Oriente Médio, desencadeadas pelo conflito entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza.

Um comandante e outro membro do movimento al Nujaba, que faz parte da coalizão pró-Irã Hashd al Chaabi, morreram em um ataque de drones dos EUA em Bagdá, na quinta-feira.

O ataque, um “ato de legítima defesa” segundo Washington, foi considerado uma “agressão” da coalizão internacional pelas autoridades iraquianas.

No comunicado, Al Sudani especificou que um “diálogo” seria realizado por meio de um “comitê bilateral”, que determinará “as modalidades do fim desta presença”.

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