Um tribunal iraquiano emitiu, nesta quinta-feira (7), uma ordem de prisão nacional contra o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como parte de uma investigação sobre a morte de Abu Mehdi Al-Muhandis, poderoso comandante dos pró-Irã no Iraque, assassinado no ano passado junto com o general iraniano Qassem Soleimani.

Em junho, o Irã emitiu uma ordem de prisão e exigiu da Interpol a emissão de uma notificação contra Trump pela morte do general Soleimani, procedimento que até agora não teve sucesso.

O drone que atacou os veículos dos dois homens, em 3 de janeiro de 2020 no aeroporto de Bagdá, foi enviado por ordem de Trump que, dias depois, ficou feliz por ter eliminado “dois (homens) pelo preço de um”.

O tribunal de investigações de Rusafa, o setor oriental de Bagdá, “decidiu emitir uma ordem de prisão contra o presidente dos Estados Unidos Donald Trump conforme o artigo 406 do Código Penal iraquiano”, detalha um comunicado da autoridade judicial.

Este artigo prevê a pena de morte para qualquer homicídio premeditado.

O tribunal afirma ter concluído a investigação preliminar, mas “as investigações continuam para descobrir os outros autores deste crime, sejam iraquianos ou estrangeiros”.

Há um ano, os apoiadores do Irã no Iraque não param de acusar o primeiro-ministro iraquiano Mustafa al-Kazimi, nesse momento chefe dos serviços secretos, de cumplicidade nesses assassinatos .

Com as homenagens do primeiro aniversário da morte dos dois homens, o clima político – já tenso pela aproximação das legislativas programadas para junho – se tornou nocivo.