O Iraque e os Estados Unidos iniciaram conversas para determinar um “calendário preciso” com o objetivo de reduzir as tropas da coalizão internacional liderada por Washington que luta contra o grupo Estado Islâmico (EI) no país do Oriente Médio, indicou nesta quinta-feira (25) o governo de Bagdá

Os dois países concordaram em criar “grupos de trabalho” para avaliar o “perigo” representado pelo EI e “determinar um calendário preciso” de diminuição de soldados, disse o ministério iraquiano das Relações Exteriores.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, confirmou o início das reuniões “nos próximos dias”.

Os Estados Unidos têm 2.500 soldados mobilizados no Iraque e 900 na Síria no âmbito da coalizão internacional antijihadista, criada em 2014 para combater o EI.

Mas, desde meados de outubro, tanto as tropas americanas quanto as da coalizão internacional sofreram mais de 150 ataques de drones e foguetes, que foram reivindicados pela “Resistência Islâmica no Iraque”, um grupo de combatentes pró-Irã.

Em resposta, os EUA realizaram vários bombardeios contra esses grupos no Iraque, nas últimas semanas.

O governo iraquiano, temendo que as tensões pudessem aumentar, pediu a retirada da coalizão internacional e o início de negociações para decidir um roteiro e um calendário.

Esses ataques ocorrem em um contexto regional explosivo, após o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel, aliado de Washington, e o movimento islamista palestino Hamas, apoiado pelo Irã.

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