Iraque deseja presença militar americana em seu solo, afirma general dos EUA

Iraque deseja presença militar americana em seu solo, afirma general dos EUA

Apesar da anunciada redução das tropas americanas no Iraque, o governo iraquiano quer a presença contínua de forças americanas em seu país para combater o grupo extremista Estado Islâmico (EI), afirmou um general americano nesta quinta-feira (19).

Os soldados americanos permitiram limitar com sucesso as atividades do Irã e do EI no Iraque, informou o diretor do Comando Militar dos Estados Unidos no Oriente Médio, o general Kenneth McKenzie, em uma conferência do comitê nacional sobre as relações entre Washington e os países árabes.

O exército iraniano reduziu recentemente seus ataques, esperando que o governo iraquiano “nos peça para abandonar o Iraque”, explicou McKenzie.

Bagdá mostrou, entretanto, “claramente sua disposição de manter sua colaboração com os Estados Unidos e a coalizão militar internacional para continuar nosso combate aos últimos elementos do EI”, acrescentou.

O EI ainda tem cerca de 10.000 combatentes na região do Iraque e da Síria, e continua sendo uma ameaça real, disse o general.

Suas declarações foram feitas depois que Washington anunciou na terça-feira a retirada das tropas americanas do Iraque e do Afeganistão.

Os Estados Unidos manterão 2.500 militares em cada país depois que 500 soldados retornarem do Iraque e 2.000 do Afeganistão.

“Os avanços das forças iraquianas permitiram aos Estados Unidos reduzir suas tropas no Iraque”, mas agora Washington e seus aliados devem tentar evitar, com sua presença, que o EI volte a crescer e possa realizar grandes ataques, acrescentou McKenzie.

Para o general, a presença militar americana também impediu o Irã de continuar seus ataques no Golfo.