A coalizão de partidos reformistas e moderados favorável ao presidente Hassan Rohani venceu o segundo turno das eleições legislativas realizadas na sexta-feira no Irã, segundo resultados divulgados neste sábado pela imprensa iraniana.

De acordo com resultados parciais, a lista Esperança dos reformistas e moderados obteve ao menos 33 cadeiras, contra 21 para os conservadores, do total de 68 assentos em jogo na sexta-feira.

Segundo a agência Fars, das 33 cadeiras conquistadas por aliados de Rohani, 31 foram para reformistas e duas para moderados.

A agência atribui 21 cadeiras para a coalizão conservadora e 14 para candidatos independentes.

Já a agência Tasnim concede 35 cadeiras para os aliados de Rouhani, entre moderados e reformistas.

Mohamad Hossein Moghimi, responsável eleitoral do ministério do Interior, a participação foi “impressionante” em todo o país. Em 26 de fevereiro, votaram 62% dos eleitores.

Este segundo turno ocorreu pouco mais de três meses depois da entrada em vigor do acordo entre as grandes potências e o Irã sobre seu programa nuclear e da suspensão, em grande parte, das sanções internacionais contra Teerã.

Na véspera, 17 milhões de eleitores foram convocados às urnas, contra os 55 milhões do primeiro turno, para eleger 68 do total de 290 deputados.

Após a derrota dos ultraconservadores no primeiro turno, os resultados apontam para a formação de um Parlamento composto na maioria por deputados reformistas e moderados pró-Rohani, assim como por conservadores moderados e pragmáticos mais conciliadores com as políticas do presidente.

Dos 221 assentos atribuídos no primeiro turno, 103 foram para conservadores ou afins, 95 para reformistas ou moderados e 14 para independentes com orientação política indefinida, segundo levantamento da AFP.

Ainda no primeiro turno, os 30 assentos de Teerã, em outra época ocupados pelos conservadores, foram conquistados por reformistas e moderados que apoiam a política do presidente Rohani.

Entre os deputados eleitos no primeiro turno, também havia quatro conservadores moderados apoiados pelos reformistas, assim como cinco representantes de minorias religiosas sem uma afiliação política clara.

As eleições são realizadas um ano antes das presidenciais de 2017, nas quais se acredita que Rohani vá se candidatar a um segundo mandato.

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