O governo iraniano entregou ao embaixador francês em Teerã uma nota de protesto, após uma reunião de opositores iranianos em 9 de julho na região de Paris, informaram à AFP fontes diplomáticas.

“A celebração desta reunião de pessoas que têm as mãos manchadas do sangue do povo iraniano é inaceitável”, afirma a mensagem entregue por um funcionário do ministério iraniano das Relações Exteriores, Abolqasem Delfi, ao embaixador francês François Sénémaud, informou a agência oficial IRNA.

Delfi comparou o Conselho Nacional da Resistência Iraniana (CNRI), oposição no exílio, a grupos como os “talibãs, Al-Qaeda e Estado Islâmico”, segundo a IRNA.

O Irã condenou com veemência na terça-feira o encontro anual do CNRI em Le Bourget, na periferia de Paris.

“Ter permitido a reunião de um grupo terrorista aniquilado e detestado no Irã e ter reanimado um corpo fétido é um sinal de fragilidade e incapacidade”, havia declarado o porta-voz do governo iraniano, Mohamad Bagher Nobakht.

A imprensa iraniana informou que Turki al Fayçal, ex-diretor do serviço secreto da Arábia Saudita, grande rival regional do Irã, compareceu à reunião do CNRI.

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O CNRI, com sede na França, é uma coalizão política de opositores iranianos liderada pela Organização dos Mujahedines do Povo do Irã (MEK), uma organização considerada “terrorista” pela União Europeia até 2008 e pelos Estados Unidos até 2012.

O governo iraniano considera os Mujahedines do Povo como “traidores” por seu apoio ao Iraque na guerra contra o Irã entre 1980 e 1988.


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